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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 11/10/2020

28º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Is 25,6-10a Salmo: Sl 23(22) - O Senhor é o meu pastor, nada me falta. 2ª Leitura: Fl 4,12-14.19-20 Evangelho Opcional: Mt 22,1-10
evangelho
Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos - Mt 22,1-14

Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: “O Reino dos Céus é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. Mandou seus servos chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. Mandou então outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para seu campo, outro para seus negócios, outros agarraram os servos, bateram neles e os mataram. O rei ficou irritado e mandou suas tropas matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, disse aos servos: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. Os servos saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, observou um homem que não estava em traje de festa e perguntou-lhe: ‘Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem ficou sem responder. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e lançai-o fora, nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes’. Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Neste 28º domingo do Tempo Comum a Liturgia da Palavra nos apresenta a parábola do rei que preparou uma festa de casamento. Jesus nos lembra de que todos são convidados a participar do Reino, porém, é necessário decidir-se plenamente por ele, vestindo o traje nupcial. Abramos o nosso coração para acolhermos os ensinamentos de Jesus para o nosso dia.


Rezemos: “Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Qual comparação Jesus utiliza para falar do Reino dos Céus? Por que a recusa em aceitar participar da festa de casamento? Quem foi convidado para a festa? O que os convidados representam? O que significa comparecer ao casamento com a veste digna?

“O Reino de Deus é festa. Um rei fez um grande banquete e convidou muita gente. O que era para ser um momento de júbilo e encantamento, transformou-se em irresponsável recusa. Todos tinham outras prioridades, quase todas materiais. Deus – na figura do rei – não volta atrás em suas decisões. Mandou buscar nas praças ociosas e nos caminhos poeirentos outros convivas, aqueles que nunca são convidados para nada. A parábola, em seu foco principal, visa escribas, fariseus e a liderança religiosa. Mas pode atingir cada um de nós. Podemos esquecer o “primeiro amor” de que fala o Apocalipse. Nossas escolhas, por vezes infelizes, podem e devem ser refeitas. As portas da casa do Pai continuam abertas. Nosso lugar está reservado.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim? Em que sentido o texto fortalece a minha caminhada de fé? Como eu acolho as palavras e os ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver? Como agradeço o convite para o banquete do Reino?

Oração (Vida)

Agradeça tudo o que a Palavra lhe permitiu compreender e vivenciar do mistério de Cristo e apresente ao Senhor a oração que brotou em seu coração durante a leitura orante.
"Livrai-nos de todos os males , ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto vivendo na esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.

Contemplação (Vida e Missão)

Aceitar e agradecer os convites do Senhor é uma sugestão prática para a vida de quem quer caminhar na estrada de Jesus.

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Os convidados não querem participar da festa. Cada um tem uma desculpa. Um foi para o campo, outro para os seus negócios. Alguns bateram nos funcionários do rei e até os mataram. É uma parábola que pretende ensinar alguma coisa aos ouvintes do povo de Israel e aos ouvintes discípulos de Jesus. Retrata uma realidade que se põe diante do discípulo missionário. Há uma festa preparada por um rei e os convidados não querem vir e dela participar. O missionário deve mostrar a excelência da festa a todos, até àqueles que vão querer matá-lo. Ele sabe de uma verdade: a festa não depende dos convidados. Ela depende do rei que a preparou. Se, apesar do esforço feito pelo discípulo missionário, estes convidados não quiserem vir participar da festa, outros virão. O discípulo vai recolher quem estiver na beira do caminho e nem imaginava que pudesse ser convidado. A parábola se refere em primeiro lugar ao povo de Israel, mas também a todos os que receberam a revelação e não cuidam da salvação. A revelação é o convite. A salvação, a participação na festa. Vão então os missionários pelo mundo afora mostrando a todos a beleza da festa e convencendo-os a entrarem e a participarem. É o trabalho do discípulo. O resto, fica por conta do rei. A festa é do rei e ela vai acontecer, se não com estes, então com aqueles. São Mateus junta a esta parábola uma outra, a do traje de festa. Todos devem estar bem vestidos, mesmo os que vieram das encruzilhadas. Mais um trabalho para o missionário. Não se trata da roupa de tecido que cobre o corpo, mas da qualidade do que veste a mente e o coração. O trabalho simples e profundo de formar convicções que se mostram nas ações práticas do dia a dia produz uma veste de qualidade. Assim, o respeito pelos outros e pelas coisas dos outros, a honestidade, o valor da vida, a responsabilidade nas tarefas a serem cumpridas, desde as políticas até as domésticas. Seja em casa, seja no mundo, o discípulo missionário se espelha no que Paulo escreveu aos filipenses, que ele sabia viver sem nada e sabia viver com muita coisa. Bem alimentado ou com fome, ele tudo pode naquele que lhe dá força. Se alguém o ajuda materialmente, Paulo agradece. Se não, ele vai adiante confiando na providência de Deus. Conhece a Palavra do Senhor e está convencido da sua verdade. Sabe que o banquete está preparado, as lágrimas serão enxugadas, tudo o que é desonra vai desaparecer. O missionário forma pessoas em comunidade, que conheçam Jesus e seu Evangelho e possam dizer com palavras e ações: “Este é o nosso Deus, nele confiamos e nos alegramos, porque nos salvou. Sobre nós repousa a mão do Senhor”.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.