Zacarias e Ageu – dois profetas menores, chamados ao ministério profético em 520 a.C., durante o reinado de Dario – tiveram a missão de anunciar o convite de Deus à penitência, condição necessária para se realizar a promessa messiânica.

É Zacarias o profeta que apresenta a índole pacífica do Rei-Messias: “Eis que o teu Rei vem a ti: ele é justo e vitorioso, humilde, montado sobre um jumento, filho da jumenta”. E ainda: “Ele anunciará a paz às nações. O seu domínio irá de mar a mar”.

Além dessa abertura total aos povos, do Messias, Zacarias acena com uma bela exclamação de alegria diante do mistério eucarístico: “Que riqueza! Que beleza a sua! O trigo fará crescer os jovens e o mosto as virgens”.

Visões e símbolos tornam um tanto difícil a leitura deste profeta, entre cujas páginas se podem, entretanto, colher expressões profundamente humanas da bondade divina, como esta: “Eu tenho um grande ciúme de Jerusalém e de Sião, e estou sumamente irritado contra as nações tranquilas, porque enquanto eu estava apenas um pouco irritado, elas colaboravam com o mal... Iahweh consolará Sion novamente, e elegerá novamente Jerusalém”.

Ao retornar do exílio na Caldéia, Zacarias passou o fim da vida na Palestina; realizou grandes prodígios para infundir em seu povo, depois da dura provação, confiança na promessa de Deus. Foi sepultado provavelmente ao lado do túmulo do profeta Ageu.