O nome deste santo é comum nas províncias de Ancona e de Ascoli Piceno – embora comumente se admita que ele, originário da Capadócia, não viveu na Marca, mas sim em uma gruta perto de Gerico. É o que se lê na Storia lausiaca, de Palladio, o qual tece louvores ao santo anacoreta que viveu 25 anos em total solidão antes que a fama de sua santidade provocasse um afluxo de monges para sua gruta.

Isso é o que se conhece de santo Elpídio, cuja vida, longínqua no tempo e na memória, deu origem a numerosas lendas. Conforme estas, o santo, depois de sua experiência cenobítica no deserto, ter-se-ia transferido para a província de Piceno, a fim de estabelecer uma comunidade monástica, com uma regra ascética inteiramente original, seguindo o exemplo do grande teólogo e místico são Basílio da Capadócia.

A devoção a esse santo é devida, entretanto, à presença de suas relíquias, levadas à Marca de Ancona, em uma localidade que toma o nome do santo.