Neste dia são comemorados os 191 mártires trucidados no dia 2 de setembro de 1792 por uma turba enfurecida – os assim chamados sans-culotte, que irromperam no cárcere do Carmo (um velho convento transformado em prisão), depois que o tribunal revolucionário condenara à morte os prisioneiros, sob a acusação de serem “inimigos da pátria, maus cidadãos, rebeldes e terem recusado prestar juramento à Constituição Civil do Clero, condenada pelo papa.

Foram proclamados beatos em 1926 por terem sacrificado a vida por causa de sua fé. São três bispos: João Maria du Lau d’ Allemand, bispo de Arles, e os dois irmãos, Francisco e Luís de La Rochefoucauld, respectivamente bispo de Beauvais e de Saintes; 127 sacerdotes do clero secular; 56 religiosos, entre os quais o último superior-geral dos maristas, o beneditino Ambrósio Cheveux; cinco leigos, entre os quais o conde de Valfons, Carlos de La Calmette, que afrontou impávido o martírio, gritando em nome de todos: “Pertencemos à Igreja católica apostólica romana”.

Foram 120 prisioneiros do Carmo trucidados pelos sans-culotte sem que os gendarmes movessem um dedo para defendê-los. Os outros foram mortos no mesmo dia (e alguns em 3 de setembro) como represália pela fuga do rei.