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Segunda-feira, 20 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 19/11/2023

33º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Pr 31,10-13.19-20.30-31 Salmo: Sl 128(127) - Feliz todo aquele que teme o Senhor. 2ª Leitura: 1Ts 5,1-6
evangelho
Vem participar da minha alegria! - Mt 25,14-30

É como um homem que, prestes a partir para uma viagem, chamou os próprios servos e lhes confiou seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois, a outro um – a cada um segundo sua capacidade –, e partiu. Imediatamente, aquele que recebera cinco talentos foi negociar com eles e ganhou outros cinco; da mesma forma, aquele que recebera dois ganhou outros dois. Porém, aquele que recebera um foi, cavou na terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Após muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e acertou as contas com eles. Apresentou-se aquele que recebera cinco talentos trazendo outros cinco talentos, e disse: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis que ganhei outros cinco talentos’. Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre muito. Vem participar da alegria de teu senhor’. Apresentou-se também aquele que recebera dois talentos, e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos; eis que ganhei outros dois talentos’. Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre muito. Vem participar da alegria de teu senhor’. Apresentou-se também aquele que recebera um talento, e disse: ‘Senhor, sabendo que és homem se- vero, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste, eu tive medo e fui esconder teu talento na terra. Aqui tens o que é teu’. Seu senhor, porém, lhe disse: ‘Servo mau e covarde! Sabias que colho onde não semeei e recolho onde não espalhei? Devias, pois, ter depositado meu dinheiro com os banqueiros para que, ao regressar, eu recuperasse com juros o que é meu. Portanto, tirai-lhe o talento e dai-o àquele que tem dez talentos, pois a todo aquele que tem será dado e terá em abundância; mas daquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. E lançai este servo inútil para a extrema escuridão; ali haverá choro e ranger de dentes’.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

33º Domingo do tempo Comum. O Evangelho nos questiona sobre a responsabilidade do que fazemos com nossos talentos e, pelos quais, deveremos prestar contas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Oremos: “Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade plena servindo a vós o criador de todas as coisas.”

Leitura (Verdade)

Leia o Evangelho que a liturgia recomenda para este dia quantas vezes julgar necessário. Jesus nos faz seus dispensadores, partilhando conosco seus dons. Temo, pois, a responsabilidade de fazer frutificar o que o Senhor nos concede por sua bondade.

Evangelho: Mt 25,14-30: É como um homem que, prestes a partir para uma viagem, chamou os próprios servos e lhes confiou seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois, a outro um – a cada um segundo sua capacidade –, e partiu. Imediatamente, aquele que recebera cinco talentos foi negociar com eles e ganhou outros cinco; da mesma forma, aquele que recebera dois ganhou outros dois. Porém, aquele que recebera um foi, cavou na terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Após muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e acertou as contas com eles. Apresentou-se aquele que recebera cinco talentos trazendo outros cinco talentos, e disse: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis que ganhei outros cinco talentos’. Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre muito. Vem participar da alegria de teu senhor’. Apresentou-se também aquele que recebera dois talentos, e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos; eis que ganhei outros dois talentos’. Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, eu te constituirei sobre muito. Vem participar da alegria de teu senhor’. Apresentou-se também aquele que recebera um talento, e disse: ‘Senhor, sabendo que és homem se- vero, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste, eu tive medo e fui esconder teu talento na terra. Aqui tens o que é teu’. Seu senhor, porém, lhe disse: ‘Servo mau e covarde! Sabias que colho onde não semeei e recolho onde não espalhei? Devias, pois, ter depositado meu dinheiro com os banqueiros para que, ao regressar, eu recuperasse com juros o que é meu. Portanto, tirai-lhe o talento e dai-o àquele que tem dez talentos, pois a todo aquele que tem será dado e terá em abundância; mas daquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. E lançai este servo inútil para a extrema escuridão; ali haverá choro e ranger de dentes’.

“A presente parábola pode ser compreendida a partir de diferentes contextos, por isso é considerada uma das páginas mais bonitas do Evangelho. Jesus quer mostrar que cada pessoa deve ser protagonista da sua história, multiplicando os dons que recebeu de Deus. Em um tempo de tanto individualismo, em que pensar somente em si produz bem- -estar, a Palavra de Deus nos convida para que, na liberdade, saibamos dinamizar a vida pessoal, profissional e espiritual. Recebemos gratuitamente a vida e a capacidade para realizar determinadas ações. A acomodação nunca facilitou a realização e a alegria de viver. Pelo contrário, quanta gente triste por esconder-se na acomodação! Viver é sonhar, é superar-se”. (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Leia o Evangelho novamente, com calma, e, diante da Palavra, escute o que o Senhor tem a lhe dizer...
A parábola evangélica alude a dois tipos de discípulos do Reino. Os primeiros são espertos em aplicar os dons recebidos de Deus, fazendo-os frutificar em gestos de bondade e de misericórdia. Os outros, insensíveis aos sofrimentos alheios, fecham-se em seu mundo, sem motivação para fazer o bem. Onde eu me encontro? Sou criativo/a na fé e na caridade ou estou acomodado/a sobre meus talentos e minhas conquistas?

Oração (Vida)

Ofereça a Deus os frutos da sua oração, da sua meditação e da contemplação da Palavra. Apresente a Ele os desejos que brotaram em seu coração...
Reze a oração que Jesus nos ensinou: “Pai nosso que estais no céu....”

Contemplação (Vida e Missão)

Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe fazer com seus talentos?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Praticamente, chegamos ao final do Ano Litúrgico. Neste 33o Domingo, a pedido do Papa Francisco, celebramos o Dia do Pobre. A liturgia continua com a perspectiva da escatologia e nos oferece uma reflexão sobre o modo de esperarmos o Senhor, sobre o destino dos dons e carismas que recebemos de Deus, e que devem ser colocados a serviço dos outros. Na primeira leitura, o Livro dos Provérbios apresenta a figura de uma mulher forte: virtuosa, inteligente, sensata, empreendedora, caridosa, trabalhadora, diligente e prestativa. É alguém que tem o temor do Senhor: uma pessoa que recebeu muitos dons de Deus e os colocou a serviço dos outros. Encontramos, nessa mulher, muitos traços das mães de família e das mulheres que atuam em nossas comunidades eclesiais. O texto do Evangelho trata da segunda vinda do Senhor e nos dá indicativos de como devemos esperá-lo. Mateus escreve seu Evangelho pelo ano 80. Os cristãos, cansados de esperar a vinda do Senhor, esqueceram o entusiasmo inicial, esfriaram na fé e na caridade. A Igreja acomodou-se. As perseguições também provocaram desânimo e negação da fé. Era necessário reencontrar o primeiro amor e o compromisso cristão. A parábola dos talentos nos conta que um senhor fez uma viagem longa. Antes de partir, dividiu seus bens com os empregados. Ao voltar, pediu contas da administração. Jesus é o senhor da parábola. Ele não admite meio-termo. Nós somos os depositários dos seus dons e talentos. Como, então, devem ser utilizados esses dons? Podemos, por covardia e medo, deixá-los infrutíferos. Não importa simplesmente conservar. É preciso lançar- -se, arriscar, ousar com criatividade. Os discípulos de Jesus não podem esperá-lo simplesmente de mãos erguidas e olhos fixos no céu, preocupados em não se contaminar com o mundo. Esperamos nosso Senhor de modo operoso, envolvidos e empenhados em trabalhar com os dons que Deus nos confiou. A Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses continua com a reflexão sobre a parusia, a vinda de Cristo em nossa história. Diante da curiosidade humana sobre quando será, Paulo responde com a imagem que Jesus já usou: será como um ladrão noturno, isto é, em uma hora imprevista e repentina. Como se espera essa vinda? Com fé, esperança, oração, caridade e justiça, simbolizadas pela lamparina acesa. Somos filhos da luz. Por isso, todos devem estar alertas.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.