Padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, formada por cinco congregações e três institutos, quis colocar essas congregações sob a proteção de São Paulo Apóstolo e sob o olhar de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos.
Padre Alberione, em sua ação missionária, sentiu, de maneira especial, a presença da Mãe de Deus e quis que seus discípulos e discípulas a venerassem sob o título de Rainha dos Apóstolos. Desejando uma imagem que a representasse de uma forma especial e significativa, encomendou um grande painel da Virgem Santíssima ao artista romano João Batista Conti, com Maria oferecendo ao mundo seu Filho, que tem nas mãos um papiro simbolizando o Evangelho.
A pintura do quadro da Rainha dos Apóstolos, realizada pelo pintor João Batista Conti, em 1935, é considerada unanimemente como a reprodução oficial da ideia de padre Alberione, fiel ao que ele queria expressar. Nela, Maria aparece de pé diante do altar, oferecendo Jesus ao mundo como a Verdade a ser contemplada, enquanto Ele traz na mão um pergaminho enrolado. O apóstolo Paulo está em primeiro plano, com a espada na mão e um livro fechado. São Pedro, no centro do quadro, com a mão erguida, aponta para a Rainha dos Apóstolos, que está circundada pela luz do Espírito Santo. Os dois apóstolos são considerados as colunas da Igreja. Alguns apóstolos e santos estão em atitude de oração ou absortos em meditação.
Esse quadro foi colocado na igreja de Alba, na Itália, igreja matriz das congregações paulinas, edificada em agradecimento à proteção de Nossa Senhora aos seus filhos.
Existe outra representação de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, na qual Maria aparece com os apóstolos no dia de Pentecostes.
Como diz Alberione: “O Espírito Santo habitou de modo permanente em Maria, foi o seu mestre, o seu guia. Ela alcançou o conhecimento mais profundo da revelação de Deus contida nos livros do Antigo Testamento e viveu-a de forma plena. O Magnificat mostra-nos quanto conhecia sua doutrina, quanto a vivia e a usava na oração e na meditação”.
Contudo, a invocação a Maria como Rainha dos Apóstolos não é recente, pois já existia nas Ladainhas Loretanas, instituídas por São Gregório Magno no século VII, atualizadas posteriormente. É também bastante conhecido nos meios artísticos um mosaico bizantino do século XII, na igreja do Torcello (Itália), no qual a Mãe de Deus aparece de pé com o Menino Jesus ao colo, rodeada pelos doze apóstolos.
Muito tempo antes de Tiago Alberione, São Vicente Pallotti, fundador da Sociedade do Apostolado Católico, já havia colocado a sua obra missionária sob a tutela da Rainha dos Apóstolos, a fim de que os seus filhos, unidos em sincera e profunda devoção a Maria, com ela e por ela alcançassem as luzes e graças do Espírito Santo, para tornarem-se destemidos propagadores do Reino de Cristo.
Através da história, a Santíssima Virgem tem-se manifestado sempre como Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, atendendo solícita às súplicas de todos aqueles que, de qualquer maneira, trabalham para o anúncio da mensagem do Evangelho e para a expansão do Reino de Deus.