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Quarta-feira, 08 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 06/11/2023

31º Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Rm 11,29-36 Salmo: Sl 69(68) - Ó Deus, na abundância de tua lealdade, responde-me.
evangelho
Quando ofereceres um banquete convida pobres, aleijados, coxos, cegos; então serás bem-aventurado - Lc 14,12-14

E disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado. Pelo contrário, quando ofereceres um banquete convida pobres, aleijados, coxos, cegos; então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
É mais um dia que o senhor nos convida a participarmos do seu amor. E a lição que Ele nos dá no Evangelho de hoje é de amor gratuito, sem tirar vantagens e sem esperar recompensa.


“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Senhor, nosso Deus, que pela luz do Espírito Santo instruístes o coração dos vossos fiéis, fazei-nos dóceis ao mesmo Espírito, para apreciarmos o que é justo e nos alegrarmos sempre com a sua presença. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Faça a leitura do Evangelho quantas vezes julgar necessário, grifando as palavras que mais chamaram sua atenção.

Evangelho: Lc 14,12-14 E disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado. Pelo contrário, quando ofereceres um banquete convida pobres, aleijados, coxos, cegos; então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

“O verdadeiro amor simplesmente ama e jamais espera algo em troca. As trocas humanas, muitas vezes, são denominadas “gestos de amor”, quando na verdade apenas retribuímos o bem que recebemos. Jesus, na busca pela transparência e pela veracidade, quer que o amor seja genuíno, isto é, sem nenhuma cobrança nem exigência de devolução. Convidar aqueles que nunca poderão retribuir é gratuidade total. Isso não significa proibição quanto aos encontros festivos com familiares e amigos. O recado de Jesus é que não sejam esquecidos, em nossos banquetes e em nossas orações, aqueles que estão à margem da dignidade e que, provavelmente, nunca terão como retribuir. Faz bem fazer o bem sem esperar nada em troca. (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora)

Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim? Faça a sua meditação, escute o que Jesus tem a lhe dizer e deixe que a Palavra se misture com a sua vida. Os valores do Reino e do Evangelho encontram espaço no seu coração?
Que atitudes o Senhor nos pede para que o nosso testemunho continue revelando o rosto de Cristo?

Oração (Vida)

O que o texto o/a leva a dizer a Deus? O templo do Senhor deve ser o nosso coração, e Ele deseja escutar o que temos a dizer. Aproxime-se de Deus e faça a sua oração, mantendo em mente que é com muito amor e carinho que Ele o/a acolhe.
Abra o seu coração e faça a sua oração, que pode ser de súplica, louvor ou agradecimento. Reze e expresse-se com confiança e autenticidade.

Contemplação (Vida e Missão)

Um pequeno gesto de amor gratuito pode fazer alguém feliz. Como você que acolher e alegrar, de forma despretensiosa, os que aproximam de você hoje?

Bênção

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (...) Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem. (Romanos 12, 12; 21)

Ir. Carmen Maria Pulga

Continuamos na unidade literária que tem como contexto um banquete. E tudo acontece em um sábado, na casa de um dos chefes dos fariseus. O texto de hoje nos ajuda a compreender a gratuidade do Reino. O convite feito aos semelhantes – amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos – alimenta a lógica da devolução, da troca, própria da polidez e da gentileza da convivência humana. Jesus pede que convidemos aqueles que não têm condições de retribuir: os pobres, aleijados, coxos e cegos. Ele constrói o raciocínio com um paralelismo antitético: “não convides – convida”. A lógica do Evangelho de Lucas é marcada pelo tema da misericórdia e da gratuidade de Deus. Na verdade, a morte redentora de Jesus é completamente assimétrica: ele morre por ímpios e pecadores. Sua vida é dom generoso e desinteressado. Com Jesus, inicia-se o verdadeiro tempo da graça e da libertação. O texto é um convite à Igreja para não perder de vista os pobres. “Então, serás feliz!” Eles são os bem-aventurados. Também o são aqueles que os acolhem. A experiência de bem-aventurança perdura e se torna gozo da eternidade: a recompensa de Deus na ressurreição dos justos.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.