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Domingo, 20 de Julho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 20/07/2025

16º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Verde
1ª Leitura: Gn 18,1-10a Salmo: Sl 14(15) - Senhor, quem pode se hospedar em tua tenda. 2ª Leitura: Cl 1,24-28
evangelho
Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada - Lc 10,38-42

Estando eles de viagem, Jesus entrou em um povoado, e uma mulher, chamada Marta, deu-lhe hospedagem. Ela tinha uma irmã, chamada Maria, que, sentada aos pés do Senhor, ouvia sua palavra. Marta, atarefada com muito serviço, aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe fazer o serviço sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude!” Mas o Senhor respondeu: “Marta, Marta, estás preocupada e inquieta por tantas coisas; no entanto, somente uma é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

16º Domingo Comum. A missão de Jesus tinha uma força especial: a acolhida!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A leitura Orante é uma maneira de dialogar com Deus, que fala conosco por meio de sua Palavra. Nesse diálogo, aos poucos vamos conhecendo o mistério de Cristo e o coração de Deus.
Reze: Vem, ó Espírito Santo, dai-me a sabedoria dos simples e nutre meu coração com teu amor. Teu amor é prece, vem traduzir em minha vida este amor de intimidade e confiança no Deus da Vida. Vem rezar em mim, Espírito Santo, e por tua prece divina valoriza minha pobre oração humana.




Leitura (Verdade)

Como as duas irmãs deste relato, cada uma de seu jeito, acolheu Jesus? As duas amavam Jesus, diz o Evangelho. Há muitas formas de mostrar nosso amor. Como você compreende isso?

Evangelho: Lc 10,38-42 “Estando eles de viagem, Jesus entrou em um povoado, e uma mulher, chamada Marta, deu-lhe hospedagem. Ela tinha uma irmã, chamada Maria, que, sentada aos pés do Senhor, ouvia sua palavra. Marta, atarefada com muito serviço, aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe fazer o serviço sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude!” Mas o Senhor respondeu: “Marta, Marta, estás preocupada e inquieta por tantas coisas; no entanto, somente uma é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”.

“Imaginemos a preocupação de Marta, tendo de preparar comida para Jesus e seu grupo! Maria, por sua vez, deixou de lado os afazeres do mundo ao ver e escutar o Mestre. A qual delas dar razão? Difícil julgar! Marta, com certeza sempre reflexiva e piedosa, naquele dia precisou tomar nos ombros a responsabilidade de servir os hóspedes. Maria, que em geral era generosa e pronta ao trabalho, relativizou as urgências materiais para assimilar até o fundo aquela oportunidade única de sentar-se aos pés do Senhor e escutá-lo, longe da costumeira agitação das multidões. Ao elogiar a atitude de Maria e questionar a de Marta, Jesus nos convida ao equilíbrio de vida.” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp (Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Estão frente a frente duas grandes virtudes: o serviço de Marta e a oração de Maria. Em ambas brilha a dimensão do amor. Elas acolheram Jesus em sua casa. Marta e Maria devem servir como exemplo a todos. Precisamos das mãos de Marta para o serviço e do coração de Maria para amar.
Marta e Maria, de forma diferente, segundo sua compreensão serviram e acolheram de igual forma o hospede que amavam. Qual é meu jeito de demonstrar meu amor, em atitudes concretas?
Respeito o jeito diferenciado de cada um demonstrar seu amor?
Como é meu equilíbrio entre oração e atividades?
Como é minha atitude de acolhimento? Que nota daria a mim mesmo/a nesta virtude?

Oração (Vida)

Ao Senhor entregamos a nossa vida e este novo dia. A Ele confiamos as pessoas que amamos e todas aquelas com as quais partilharemos a vida. Agradeçamos ao Senhor seus ensinamentos.

Quem você quer levar aos pés de Jesus porque crês que Ele o/a ama?
Apresente suas intenções e pedidos a Deus e agradeça-lhe este momento de intimidade com o Mestre.
Pode concluir com esta oração de João Paulo II:
Senhor Jesus, abra meu coração a tua Palavra, faze que eu a acolha com fé e a ponha em prática com generosidade.
Ajuda-me a viver a oração como caminho de conversão e de crescimento no teu amor, a fim de que eu possa viver sempre na tua luz. Amém.

Contemplação (Vida e Missão)

Um pequeno gesto de amor pode fazer alguém feliz. Como você que acolher e alegrar os que aproximam de você hoje?

Bênção

O Senhor Jesus Cristo esteja ao meu lado para me sustentar, Dentro de mim para me encorajar, Diante de mim para me orientar, Atrás de mim para me proteger, Acima de mim para me abençoar. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém. Que a bênção de Deus Pai de amor e bondade desça sobre mim e sobre toda a humanidade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

No itinerário do discipulado, hoje somos chamados a mergulhar no tema da hospitalidade, algo sagrado nas civilizações antigas, sobretudo em Israel. Acolher o outro remete a acolher o próprio Deus. É gesto de amor. É abrir-se também à Palavra do Senhor, que toca o coração do ser humano e o compromete. Deus visita Abraão e Sara na figura de três forasteiros misteriosos (primeira leitura). Ao vê-los, vai ao seu encontro e os reverencia. Oferece-lhes água para os pés, sombra para descansar e comida, atitudes básicas da hospitalidade. O casal então é recompensado e agraciado por Deus. A promessa de ser pai de uma multidão vai se tornando mais próxima de se concretizar. Acolher a Deus é também acolher sua Palavra. É ter consciência de que ele se faz presente na comunidade de fé, impulsionada a anunciar e a ensinar a Boa-Nova, como fez Paulo. Ele sofre pelos irmãos em favor da evangelização, sendo solidário com toda a Igreja, chamada a viver a unidade em Cristo (segunda leitura). A hospitalidade também está presente na casa das irmãs de Betânia. Lá Jesus é bem recebido, descansa e partilha a vida com seus amigos. Mas acolhê-lo ultrapassa todas as práticas de hospitalidades comuns do mundo antigo. Se Marta realiza o papel de dona de casa que se preocupa demasiadamente em receber bem o amigo, Maria inaugura um novo papel: estar aos pés do Mestre para acolher sua palavra como verdadeira discípula. É a postura de quem tem ânsia de aprender. Marta, mesmo recebendo Jesus em sua casa, volta ao trabalho e não o ouve. Em vez de dialogar com a irmã, reclama a presença dela para ajudá-la no serviço. Está sozinha! Quer tirar a irmã daquilo que é essencial no seguimento a Jesus. As várias preocupações a impedem de perceber que a escuta da Palavra, traço do verdadeiro discípulo em Lucas, é o fundamento do serviço que frutifica. Está inquieta, distraída e distante do Mestre, porque foi absorvida por outras coisas que pareciam mais importantes e emergenciais. Jesus repreende-a suavemente, ao evocar o nome de Marta por duas vezes. Longe de contrapor sua ação à contemplação de Maria, o Mestre sabe da importância da hospitalidade, mas quer enfatizar que ela não está acima da escuta atenta da Palavra. Marta, assim como cada um de nós, não pode deixar as inúmeras preocupações inquietarem seu íntimo. É preciso focar no essencial, que nos faz perseverar no relacionamento com o Senhor, buscando cada dia estar em comunhão com ele.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.