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Domingo, 04 de Maio de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 14/10/2020

28ª Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Gl 5,18-25 Salmo: Sl 1 - Feliz quem não segue o caminho dos maus.
evangelho
Ai de vós, fariseus - Lc 11,42-46

“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais as pessoas andam sem saber.” Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insultas também a nós!” Jesus respondeu: “Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!”

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Na escuta, meditação e contemplação da Palavra de Deus, acolhamos o Senhor que fala ao nosso coração. Ele nos recorda que o Pai sonda o nosso coração e nos conhece profundamente, por isso, de nada valem as aparências.


Rezemos: “Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que Ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.”

Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Quais críticas Jesus faz aos escribas e fariseus? Quais são as leis mais importantes que devem ser praticadas, segundo o texto bíblico?

“Jesus, cheio de compaixão, acolhe e perdoa os pecadores de todo tipo. Porém, ele age de maneira totalmente diferente com os fariseus. Eles tinham feito da observância da Lei um meio para obter privilégios. Além disso, serviam-se do povo para conservar sua posição social. Jesus os considera negligentes, presunçosos e perigosos para o povo, confuso e perplexo diante de sua boa-fé. Sua crítica assume um julgamento profético, externado nas “mal-aventuranças” que concluem sempre: “Ai de vós!”. Além de assumirem incorretamente a lei, impediam o povo simples de viver sua religiosidade. São túmulos malcheirosos e sem vida. Sua estrutura é hipócrita, ritualista e orgulhosa. São suplantados por publicanos e prostitutas.”(Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Não ser duro com os pequenos, nem submisso com os fortes. Sou capaz de dizer a verdade quando precisa ser dita, com amor e com prudência, sem julgamento? Tenho medo de denunciar as injustiças e os desmandos dos poderosos, por causa do preço à pagar? Sou capaz de fazer primeiro o que exijo dos outros? Quais gestos Jesus me convida a viver?

Oração (Vida)

Apresente, confiante, a sua oração ao Senhor. Ele acolhe os nossos pedidos feitos com fé e sinceridade de coração. Estamos no mês missionário. Em sua oração, lembre-se dos missionários espalhados pelo mundo, que doam a sua vida a serviço do Reino.
Conclua com a oração missionária: “Deus Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos louvamos e bendizemos pela vossa comunhão, princípio e fonte da missão. Ajudai-nos, à luz do Evangelho da paz, a testemunhar com esperança um mundo de justiça e diálogo, de honestidade e verdade, sem ódio e sem violência. Ajuda-nos a sermos irmãos e irmãs, seguindo Jesus Cristo, rumo ao Reino definitivo. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

O amor nos ajudará a acolher o irmão. Sintetize em poucas palavras o apelo que você sentiu em seu coração, para colocá-lo em prática durante o dia. O que você se propõe a viver? Como pretende atingir esse propósito?

Bênção

A benção é dom de Deus, Ele é quem abençoa, e toda pessoa pode pedir a sua benção e também dá-la em nome de Deus, basta que acredite que ela aconteça. Normalmente quando dizemos: “Deus te abençoe”, estamos fazendo um pedido a Deus em favor de alguém. Os pais e as mães são os primeiros a interceder por seus filhos e filhas. Assim como em Nm. 6,22-27, a invocação é feita a Deus, Ele é que abençoa. Pelo nosso sacerdócio comum dos fiéis, que recebemos pelo Batismo, podemos também pedir a Deus que ele nos abençoe.

Ir. Carmen Maria Pulga

Na mesma refeição na casa do fariseu, Jesus continua sua crítica, agora precedida de uma série de imprecações: “Ai de vós”, diz Jesus. As expressões são fortes e têm a tonalidade de um insulto, tanto que um doutor da Lei reagiu. Disse ele: “Falando assim, insultas também a nós”. Jesus não se retratou. Ao contrário, passou a invectivar contra os doutores da Lei. Os legistas impunham fardos insuportáveis aos outros e eles mesmos não tocavam nem sequer com um dedo nesses fardos. Dizem alguns comentaristas que esses textos polêmicos de Jesus contra os fariseus, os escribas, os doutores da Lei refletem a situação do judaísmo e do cristianismo nascente no fim do primeiro século. Judeus e judeo-cristãos digladiavam-se para saber quem estava certo, quem era verdadeiro discípulo de Moisés. Esta constatação não tira a possibilidade de Jesus mesmo ter criticado abertamente os chefes religiosos de seu tempo em Israel, exatamente por não exercerem seu ministério como deviam. Desvirtuavam, assim, a verdadeira Lei de Deus. Jesus expressava em palavras e atos o zelo pela casa do Pai.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.