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Terça-feira, 24 de Junho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida
Mensagem do dia 24 de outubro
Lembras, Maria?
Lembras, Maria?
Matthias Stomer

Tu te lembras, Maria, da anunciação do anjo?
Tu, em tua pobre casa, jamais imaginarias que tua vida mudaria e que eras a jovem que Deus escolheria.
Sim, tu és cheia de graça, de tantas que até hoje não te cansas em derramá-las a quem as pede.
Foste por Deus agraciada e soubeste, naquele mesmo dia, que terias um filho e lhe darias o nome de Jesus.

Certamente tu já havias pensado em ser mãe; quantos filhos imaginavas que terias? Mas Deus te surpreendeu ao fazer-te gerar o seu Filho.
Acreditaste na palavra de Deus, colocando-te à disposição para que tudo acontecesse segundo esta Palavra. E foi nela que fundamentaste a tua vida, foi a ela que recorreste em todos os momentos, foi ela a tua segurança nos momentos em que tudo parecia confuso.

Depois que aceitaste o convite, tua vida mudou. Sabias que precisavas viver de fé, e ela impulsionaria os teus atos. Foste visitar Isabel, ela precisava de ti. Não perdeste tempo nem pensaste o quanto terias que viajar para ir ao seu encontro.
Que felicidade sentiste ao ouvir a sua saudação: "Bendito é o fruto do teu ventre. Tu és feliz, Maria, porque acreditaste. Deus cumprirá a sua Palavra".

Os meses passavam e a cada dia sentias em teu íntimo que teu filho em breve nasceria.
Estavas a caminho, quando sentiste que a hora havia chegado.
Deste à luz e, não havendo outro lugar, colocaste o filho de Deus numa manjedoura.
Muitos acontecimentos sucederam a este fato, soubeste até que sofrerias com teu filho.
Tu o criaste e o deixaste cumprir sua missão. Guardaste tudo no coração, mesmo sem entender. Mas por que precisarias entender, quando sentias que bastava ter fé?
E tu a tiveste. Lembras-te de quando foste com ele àquele casamento em Caná da Galileia?
Logo percebeste a falta de vinho e resolveste pedir a Jesus que fizesse algo. E disseste aos que serviam: "Façam o que ele disser". E tudo acabou bem.

Ao ver Jesus na cruz, assumiste a maternidade universal. Sim, tu serias mãe de um grande povo e olharias por ele, como pediu Jesus.
Tu não recusaste o pedido do teu Filho, assim como ele não deixa de atender a um pedido teu.
Hoje continuas a acompanhar os discípulos de Jesus, a pedir a luz do Espírito Santo, como fizeste em pentecostes, e, junto a Jesus, realizas numerosos sinais de ressurreição.

Maria Goretti de Oliveira