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Sexta-feira, 23 de Maio de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 23/03/2025

3º Domingo da Quaresma - Ano C - Roxa
1ª Leitura: Ex 3,1-8a.13-15 Salmo: Sl 102(103) - Ó minha alma, bendize o Senhor. 2ª Leitura: 1Cor 10,1-6.10-12
evangelho
Vou cavar ao redor dela e colocar adubo, e talvez venha a dar fruto. Caso contrário, a cortarás. - Lc 13,1-9

Naquele momento, alguns que estavam lá contaram-lhe a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos tinha misturado com o sangue de seus sacrifícios. Jesus lhes disse: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os galileus, por terem sofrido dessa maneira? Eu vos digo que não; mas, se não vos converterdes, todos vós perecereis igualmente. Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, eram mais culpados do que todos os habitantes de Jerusalém? Eu vos digo que não; mas, se não vos converterdes, todos vós perecereis igualmente”. E contou esta parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Ele foi procurar frutos nela, mas não encontrou. Então disse ao vinhateiro: ‘Faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não encontro. Corta-a! Por que esgotar o solo?’ Ele, porém, lhe respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano! Vou cavar ao redor dela e colocar adubo, e talvez venha a dar fruto. Caso contrário, a cortarás.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

3º Domingo da Quaresma. Jesus, no Evangelho deste domingo, parte de duas situações trágicas que todos conheciam para ensinar como Deus é diferente de nós. Naquele tempo, como ainda muitos creem hoje, acidentes, doenças, fatalidades, catástrofes e, por fim, a morte eram e são vistos como uma espécie de castigos cujo “culpado” é sempre Deus. Jesus sempre procurou mostrar que nosso Deus é diferente de nós e do nosso modo, muitas vezes, interesseiro e maldoso de agir.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.



“Se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”.

Leitura (Verdade)

Quem aprende a olhar com os olhos da fé, percebe o bem que está presente, e muda seus pensamentos e suas atitudes. Leia pausadamente o Evangelho e sublinhe o que mais chamar sua atenção.

Evangelho: Lc 13,1-9 “Naquele momento, alguns que estavam lá contaram-lhe a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos tinha misturado com o sangue de seus sacrifícios. Jesus lhes disse: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os galileus, por terem sofrido dessa maneira? Eu vos digo que não; mas, se não vos converterdes, todos vós perecereis igualmente. Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, eram mais culpados do que todos os habitantes de Jerusalém? Eu vos digo que não; mas, se não vos converterdes, todos vós perecereis igualmente”. E contou esta parábola: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Ele foi procurar frutos nela, mas não encontrou. Então disse ao vinhateiro: ‘Faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não encontro. Corta-a! Por que esgotar o solo?’ Ele, porém, lhe respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano! Vou cavar ao redor dela e colocar adubo, e talvez venha a dar fruto. Caso contrário, a cortarás”.

“O povo pensava que acidentes graves eram uma espécie de castigo de Deus aos pecadores. Jesus enfrentava uma luta diária, insistindo na bondade e na misericórdia de Deus e tentando mudar uma mentalidade que explicava qualquer tragédia pessoal ou social como merecida punição divina por alguma culpa da vítima. Depois de muito argumentar pela lógica, o Mestre apela para um recurso mais direto: a parábola da fi gueira estéril. Mostra que, se o jardineiro dá outra chance para a árvore e a ajuda com mais adubo, também Deus, em vez de punir as pessoas, se dedica a amaciar e nutrir a terra dos corações, na esperança de que se convertam e produzam bons frutos.” (Viver a Palavra – 2025 - Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Esta Quaresma é uma oportunidade que Deus me dá para cultivar um pouco mais o terreno, para o adubar e regar com a oração, o encontro com Deus, a prática das boas obras, a vivência da caridade e de tudo aquilo que Jesus veio ensinar. Até onde estou comprometido/a com esta oportunidade?
O tempo da Quaresma é um convite à escuta atenta, ao exame sincero do coração e ao compromisso de deixar para trás tudo o que nos impede de viver plenamente a liberdade que Deus nos oferece. Eis o momento favorável, eis o dia da salvação! (cf. 2Cor 6,2).
O que é essencial na nossa vivência cristã? O cumprimento de ritos externos que nos marcam como cristãos aos olhos do mundo (ou dos nossos superiores)? Ou é uma vida de comunhão com Deus, vivida com coerência e verdade, que depois se transforma em gestos de amor e de partilha com os nossos irmãos?

Oração (Vida)

Senhor, guia-nos no deserto da Quaresma, dá-nos coragem para enfrentar nossas fraquezas e confiar em Tuas promessas.
Espírito Santo, conduze-nos à humildade e conversão, afastando-nos das tentações. Jesus, ensina-nos a força da entrega e da confiança no Pai.
Ajuda-nos a carregar nossa cruz com esperança, transformando nosso coração em testemunho do Teu amor. Amém.

Que esta oração nos acompanhe ao longo da Quaresma, iluminando nossos passos e fortalecendo nossa fé.

Contemplação (Vida e Missão)

Refletindo sobre a palavra deste Domingo de Quaresma, que atitude você se propõe viver com mais propósito?

Bênção

Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Depois do chamado para vencer as provações no deserto e da experiência da transfiguração no monte, neste 3o domingo da Quaresma, Deus nos faz um apelo à conversão, uma das marcas essenciais da caminhada cristã. Para salvar seu povo, o Senhor provoca uma mudança radical na vida de Moisés (primeira leitura). Da vida pacata de Madiã, no pastoreio do rebanho do sogro, o profeta escuta o apelo de Deus na sarça ardente. A libertação dos israelitas do Egito requer o envio de Moisés. Sua conversão e fé em Deus serão testemunho para a conversão contínua de Israel na caminhada rumo à Terra Prometida. São Paulo irá recordar aos coríntios essa caminhada do povo pelo deserto, sob a liderança de Moisés (segunda leitura). Apesar de os antepassados experimentarem a presença de Deus por meio de diversos prodígios, não deixaram de murmurar e de pecar, e por isso pereceram. Assim, os coríntios devem estar vigilantes para não cair e manter uma postura de contínua conversão. Algumas pessoas querem intimidar Jesus trazendo-lhe a notícia trágica da morte de alguns galileus por Pilatos. O Mestre se utiliza desse fato e acrescenta o episódio dos dezoito que morreram na queda da Torre de Siloé, para repudiar a mentalidade da época em torno da desgraça como castigo dos pecadores. Jesus muda o foco e, ao final de cada um dos dois exemplos, faz um apelo à conversão. Reforça o convite contando a parábola da figueira estéril, imagem de Israel que é infiel a Deus (Jr 8,13). Por três anos, ou seja, por três tentativas, sinal de sua insistência, o dono da vinha busca frutos e não os encontra. A decisão de cortar a árvore por sua inutilidade é aplacada pela intercessão do vinhateiro, que lembra a figura do Messias, que insiste em cuidar da figueira para que ela venha a dar frutos. A compaixão, a bondade e a paciência de Deus abrem novas oportunidades para que Israel e todo o gênero humano gerem frutos de conversão. Deus se aproveita até do último instante e insiste no ser humano, porque veio salvá-lo. Cabe a cada um de nós buscar uma verdadeira mudança de coração.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.