Evangelho do dia 26/03/2023
5º Domingo da Quaresma - Ano A - Roxa

Sou eu a ressurreição e a vida - Jo 11,1-45
Havia alguém doente: Lázaro de Betânia, o povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e enxugara‑lhe os pés com seus cabelos; quem estava doente era Lázaro, seu irmão. Então as irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, eis que aquele que amas está doente”. Jesus, porém, tendo ouvido, disse: “Esta doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, para que seja glorificado, por ela, o Filho de Deus”. Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro. Mas, quando ouviu que Lázaro adoecera, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava. Em seguida, depois disso, disse aos discípulos: “Vamos novamente à Judeia”. Disseram‑lhe os discípulos: “Rabi, agora mesmo os judeus te buscavam para apedrejar, e novamente queres ir para lá?” Respondeu Jesus: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha durante o dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas quem caminha durante a noite tropeça, porque nele não há luz”. Disse essas coisas e, depois, disse‑lhes: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou para despertá‑lo”. Disseram‑lhe, então, os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus falara a respeito da morte dele. Eles, porém, pensaram que estivesse falando a respeito do repouso do sono. Então Jesus lhes disse abertamente: “Lázaro morreu, e alegro‑me por vossa causa de não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos para junto dele”. Disse, então, Tomé, chamado Gêmeo, a seus condiscípulos: “Vamos também nós e morramos com ele”. Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro que já estava no sepulcro havia quatro dias. Betânia era perto de Jerusalém, cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham vindo até Marta e Maria para as consolar pelo irmão. Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá‑lo. Maria, porém, ficou em casa sentada. Disse, então, Marta a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que, quanto pedires a Deus, Deus te dará”. Disse‑lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse‑lhe Marta: “Sei que ressuscitará, na ressurreição, no último dia”. Disse‑lhe Jesus: “Sou eu a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês isso?” Disse‑lhe: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo!” Tendo dito isso, foi chamar Maria, sua irmã, dizendo‑lhe reservadamente: “O mestre está aqui e te chama”. Ela, assim que ouviu, levantou‑se depressa e foi até ele. Jesus ainda não entrara no povoado, e estava no lugar em que Marta o encontrara. Os judeus que estavam com Maria, na casa, consolando‑a, vendo‑a levantar‑se apressadamente e sair, seguiram‑na, pensando que ela iria ao sepulcro para lamentar‑se ali. Maria chegou ao lugar onde Jesus estava; ela o viu e caiu a seus pés dizendo‑lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão”. Quando Jesus a viu lamentando‑se e os judeus que estavam com ela também se lamentando, sentiu uma comoção e ficou agitado interiormente. Ele disse: “Onde o pusestes?” Disseram‑lhe: “Senhor, vem e vê”. Jesus chorou. Diziam, então, os judeus: “Vede como ele o amava”. Alguns dentre eles, porém, disseram: “Ele, que abriu os olhos do cego, também não podia ter feito com que este não morresse?” Jesus, então, novamente, comovido em seu íntimo, veio ao sepulcro. Este era uma gruta com uma pedra colocada à sua entrada. Disse Jesus: “Retirai a pedra”. Disse‑lhe Marta, a irmã do morto: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Disse‑lhe Jesus: “Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” Retiraram a pedra. Então Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”. E, tendo dito isso, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” Saiu o que estivera morto, com os pés e as mãos atados com faixas e seu rosto envolvido em um sudário. Disse‑lhes Jesus: “Desatai‑o e deixai‑o ir”. Então muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria e viram o que ele fizera creram nele.
A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.Oração Inicial
Quinto Domingo da Quaresma. O chamado de Lázaro para a vida e a ressurreição de Cristo são a prova máxima de que a vida humana é dom divino.
Jesus Cristo quer renovar nosso interior, a casa de nossa existência, e nos colocar numa caminhada de fé, de verdade e amor, no caminho da vida verdadeira.
Coloquemo-nos na presença do Senhor com humildade e confiança total.
“Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”.
Abra seu coração, numa atitude de fé e confiança, para acolher a Palavra do Senhor.
Leitura (Verdade)
A morte é uma realidade que está diante de nossos olhos todos os dias, e ao mesmo tempo uma realidade inaceitável e que nos causa sempre estranheza.
No Evangelho de hoje Jesus ilumina e dá sentido a esta realidade.
Evangelho: Jo 11,1-45 Havia alguém doente: Lázaro de Betânia, o povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e enxugara‑lhe os pés com seus cabelos; quem estava doente era Lázaro, seu irmão. Então as irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, eis que aquele que amas está doente”. Jesus, porém, tendo ouvido, disse: “Esta doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, para que seja glorificado, por ela, o Filho de Deus”. Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro. Mas, quando ouviu que Lázaro adoecera, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava. Em seguida, depois disso, disse aos discípulos: “Vamos novamente à Judeia”. Disseram‑lhe os discípulos: “Rabi, agora mesmo os judeus te buscavam para apedrejar, e novamente queres ir para lá?” Respondeu Jesus: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha durante o dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas quem caminha durante a noite tropeça, porque nele não há luz”. Disse essas coisas e, depois, disse‑lhes: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou para despertá‑lo”. Disseram‑lhe, então, os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus falara a respeito da morte dele. Eles, porém, pensaram que estivesse falando a respeito do repouso do sono. Então Jesus lhes disse abertamente: “Lázaro morreu, e alegro‑me por vossa causa de não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos para junto dele”. Disse, então, Tomé, chamado Gêmeo, a seus condiscípulos: “Vamos também nós e morramos com ele”. Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro que já estava no sepulcro havia quatro dias. Betânia era perto de Jerusalém, cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham vindo até Marta e Maria para as consolar pelo irmão. Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá‑lo. Maria, porém, ficou em casa sentada. Disse, então, Marta a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que, quanto pedires a Deus, Deus te dará”. Disse‑lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse‑lhe Marta: “Sei que ressuscitará, na ressurreição, no último dia”. Disse‑lhe Jesus: “Sou eu a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês isso?” Disse‑lhe: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo!” Tendo dito isso, foi chamar Maria, sua irmã, dizendo‑lhe reservadamente: “O mestre está aqui e te chama”. Ela, assim que ouviu, levantou‑se depressa e foi até ele. Jesus ainda não entrara no povoado, e estava no lugar em que Marta o encontrara. Os judeus que estavam com Maria, na casa, consolando‑a, vendo‑a levantar‑se apressadamente e sair, seguiram‑na, pensando que ela iria ao sepulcro para lamentar‑se ali. Maria chegou ao lugar onde Jesus estava; ela o viu e caiu a seus pés dizendo‑lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão”. Quando Jesus a viu lamentando‑se e os judeus que estavam com ela também se lamentando, sentiu uma comoção e ficou agitado interiormente. Ele disse: “Onde o pusestes?” Disseram‑lhe: “Senhor, vem e vê”. Jesus chorou. Diziam, então, os judeus: “Vede como ele o amava”. Alguns dentre eles, porém, disseram: “Ele, que abriu os olhos do cego, também não podia ter feito com que este não morresse?” Jesus, então, novamente, comovido em seu íntimo, veio ao sepulcro. Este era uma gruta com uma pedra colocada à sua entrada. Disse Jesus: “Retirai a pedra”. Disse‑lhe Marta, a irmã do morto: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Disse‑lhe Jesus: “Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” Retiraram a pedra. Então Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”. E, tendo dito isso, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” Saiu o que estivera morto, com os pés e as mãos atados com faixas e seu rosto envolvido em um sudário. Disse‑lhes Jesus: “Desatai‑o e deixai‑o ir”. Então muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria e viram o que ele fizera creram nele.
“A amizade que Jesus cultiva com Lázaro, Marta e Maria é inspiradora, pois mostra o lado plenamente humano de Jesus. Viver sem a experiência de amizade é praticamente impossível, pois somos chamados à comunhão, e não à solidão. Quando Jesus recebe a notícia da morte de seu amigo Lázaro, derrama lágrimas, pois sente profundamente a dor da separação. Disposto a confirmar a vida eterna, ele proporciona aos corações descrentes a ressurreição de Lázaro. A morte carrega consigo a dor da separação, enquanto a fé na vida eterna, mesmo não impedindo o sofrimento, permite que a esperança aponte para o que virá depois da existência terrena. A fé é capaz de transformar a escuridão do luto em luz.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz a você? Leia novamente o Evangelho, faça a sua meditação e procure escutar o que o Senhor quer lhe dizer. Jesus se entristece com a morte de seu amigo, tem compaixão de Marta e Maria, convida as irmãs a acreditarem e - pela fé e confiança - lhes devolve a alegria da vida.
Aproxime-se do Senhor e escute a sua Palavra de esperança.
Oração (Vida)
Na oração de hoje apresente a Jesus as pessoas doentes, as que não creem, de sua família ou próximas de você.
Oração: Senhor Jesus, médico divino, tu dás a vida e a vida em plenitude àqueles que te buscam. Por isso, hoje, Senhor, de um modo especial, quero pedir a cura de todo tipo de doença. Aumenta a minha fé no infinito Amor que tens por nós. Aumenta minha fé que às vezes se encontra tão enfraquecida. Eu creio e abro meu ser para que tua Palavra opere em mim a transformação necessária. Agradeço humildemente por toda obra que estás realizando em meu coração e em meu corpo, neste momento. Amém, Assim Seja!
Contemplação (Vida e Missão)
Preste atenção ao diálogo de Jesus com as irmãs de Lazaro, Maria e Marta e faça seu ato de fé no Senhor da vida.
Bênção
Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Chegamos ao Quinto Domingo da Quaresma. O tema central da liturgia de hoje é a vida nova em Cristo, antecipação da própria glória de Jesus. Ezequiel nos oferece o belo quadro do vale de ossos ressequidos, que ganham nervos, carne e pele. Isso foi possível porque o Senhor derramou seu Espírito sobre ele. O contexto é o do exílio babilônico: o povo de Israel estava disperso e subjugado. O tema da ressurreição, contudo, está no centro da narrativa do profeta: o retorno do exílio é uma espécie de nova criação. Por trás dos ossos secos, está a humanidade imersa no pecado e na rebelião; por trás da recriação, está a ação libertadora de Deus, que perdoa, refaz e reconduz seu povo à vida. O trecho do Evangelho nos brinda com a cena da ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria, e amigo de Jesus. Ele vive em Betânia, a “casa da aflição”. Mas o nome Lázaro significa “Deus é meu socorro”. Jesus, depois de saber da notícia da doença do amigo, ainda se demora, mas vai se revelar a glória de Deus. Há duas cenas centrais: o diálogo de Jesus com Marta e a ressurreição. Na primeira, ganha destaque a solene revelação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida”. “Eu sou” é uma típica expressão da identidade de Deus. Diante da pergunta cortante de Jesus, Marta professa sua fé. Na verdade, ela sintetiza a fé da Igreja: “Eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. A cena da ressurreição é profunda e bela. O cadáver já cheira mal, pois é o quarto dia. Não há nada que se possa fazer, pensam. Jesus revela sua humanidade e chora a morte do amigo. Revela também o poder que o Pai lhe deu. Ele ora, agradecendo. O Pai o escuta. E Jesus grita: “Lázaro, vem para fora!”. Muitos chegam à fé. A cena antecipa a ressurreição de Jesus. Também nós nascemos para a vida de fé, saindo da rocha, da pia batismal. Devemos, pois, viver segundo o Espírito, pois pertencemos a Cristo e somos pessoas ressuscitadas, criaturas novas, vivendo a partir de valores novos.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.Evangelho do dia 26/03/2023
5º Domingo da Quaresma - Ano A - Roxa

Sou eu a ressurreição e a vida - Jo 11,1-45
Havia alguém doente: Lázaro de Betânia, o povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e enxugara‑lhe os pés com seus cabelos; quem estava doente era Lázaro, seu irmão. Então as irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, eis que aquele que amas está doente”. Jesus, porém, tendo ouvido, disse: “Esta doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, para que seja glorificado, por ela, o Filho de Deus”. Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro. Mas, quando ouviu que Lázaro adoecera, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava. Em seguida, depois disso, disse aos discípulos: “Vamos novamente à Judeia”. Disseram‑lhe os discípulos: “Rabi, agora mesmo os judeus te buscavam para apedrejar, e novamente queres ir para lá?” Respondeu Jesus: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha durante o dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas quem caminha durante a noite tropeça, porque nele não há luz”. Disse essas coisas e, depois, disse‑lhes: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou para despertá‑lo”. Disseram‑lhe, então, os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus falara a respeito da morte dele. Eles, porém, pensaram que estivesse falando a respeito do repouso do sono. Então Jesus lhes disse abertamente: “Lázaro morreu, e alegro‑me por vossa causa de não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos para junto dele”. Disse, então, Tomé, chamado Gêmeo, a seus condiscípulos: “Vamos também nós e morramos com ele”. Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro que já estava no sepulcro havia quatro dias. Betânia era perto de Jerusalém, cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham vindo até Marta e Maria para as consolar pelo irmão. Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá‑lo. Maria, porém, ficou em casa sentada. Disse, então, Marta a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que, quanto pedires a Deus, Deus te dará”. Disse‑lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse‑lhe Marta: “Sei que ressuscitará, na ressurreição, no último dia”. Disse‑lhe Jesus: “Sou eu a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês isso?” Disse‑lhe: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo!” Tendo dito isso, foi chamar Maria, sua irmã, dizendo‑lhe reservadamente: “O mestre está aqui e te chama”. Ela, assim que ouviu, levantou‑se depressa e foi até ele. Jesus ainda não entrara no povoado, e estava no lugar em que Marta o encontrara. Os judeus que estavam com Maria, na casa, consolando‑a, vendo‑a levantar‑se apressadamente e sair, seguiram‑na, pensando que ela iria ao sepulcro para lamentar‑se ali. Maria chegou ao lugar onde Jesus estava; ela o viu e caiu a seus pés dizendo‑lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão”. Quando Jesus a viu lamentando‑se e os judeus que estavam com ela também se lamentando, sentiu uma comoção e ficou agitado interiormente. Ele disse: “Onde o pusestes?” Disseram‑lhe: “Senhor, vem e vê”. Jesus chorou. Diziam, então, os judeus: “Vede como ele o amava”. Alguns dentre eles, porém, disseram: “Ele, que abriu os olhos do cego, também não podia ter feito com que este não morresse?” Jesus, então, novamente, comovido em seu íntimo, veio ao sepulcro. Este era uma gruta com uma pedra colocada à sua entrada. Disse Jesus: “Retirai a pedra”. Disse‑lhe Marta, a irmã do morto: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Disse‑lhe Jesus: “Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” Retiraram a pedra. Então Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”. E, tendo dito isso, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” Saiu o que estivera morto, com os pés e as mãos atados com faixas e seu rosto envolvido em um sudário. Disse‑lhes Jesus: “Desatai‑o e deixai‑o ir”. Então muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria e viram o que ele fizera creram nele.
Oração Inicial
Quinto Domingo da Quaresma. O chamado de Lázaro para a vida e a ressurreição de Cristo são a prova máxima de que a vida humana é dom divino.
Jesus Cristo quer renovar nosso interior, a casa de nossa existência, e nos colocar numa caminhada de fé, de verdade e amor, no caminho da vida verdadeira.
Coloquemo-nos na presença do Senhor com humildade e confiança total.
“Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”.
Abra seu coração, numa atitude de fé e confiança, para acolher a Palavra do Senhor.
Leitura (Verdade)
A morte é uma realidade que está diante de nossos olhos todos os dias, e ao mesmo tempo uma realidade inaceitável e que nos causa sempre estranheza.
No Evangelho de hoje Jesus ilumina e dá sentido a esta realidade.
Evangelho: Jo 11,1-45 Havia alguém doente: Lázaro de Betânia, o povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e enxugara‑lhe os pés com seus cabelos; quem estava doente era Lázaro, seu irmão. Então as irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, eis que aquele que amas está doente”. Jesus, porém, tendo ouvido, disse: “Esta doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, para que seja glorificado, por ela, o Filho de Deus”. Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro. Mas, quando ouviu que Lázaro adoecera, permaneceu ainda dois dias no lugar onde estava. Em seguida, depois disso, disse aos discípulos: “Vamos novamente à Judeia”. Disseram‑lhe os discípulos: “Rabi, agora mesmo os judeus te buscavam para apedrejar, e novamente queres ir para lá?” Respondeu Jesus: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha durante o dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas quem caminha durante a noite tropeça, porque nele não há luz”. Disse essas coisas e, depois, disse‑lhes: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou para despertá‑lo”. Disseram‑lhe, então, os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus falara a respeito da morte dele. Eles, porém, pensaram que estivesse falando a respeito do repouso do sono. Então Jesus lhes disse abertamente: “Lázaro morreu, e alegro‑me por vossa causa de não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos para junto dele”. Disse, então, Tomé, chamado Gêmeo, a seus condiscípulos: “Vamos também nós e morramos com ele”. Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro que já estava no sepulcro havia quatro dias. Betânia era perto de Jerusalém, cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham vindo até Marta e Maria para as consolar pelo irmão. Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá‑lo. Maria, porém, ficou em casa sentada. Disse, então, Marta a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que, quanto pedires a Deus, Deus te dará”. Disse‑lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse‑lhe Marta: “Sei que ressuscitará, na ressurreição, no último dia”. Disse‑lhe Jesus: “Sou eu a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês isso?” Disse‑lhe: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo!” Tendo dito isso, foi chamar Maria, sua irmã, dizendo‑lhe reservadamente: “O mestre está aqui e te chama”. Ela, assim que ouviu, levantou‑se depressa e foi até ele. Jesus ainda não entrara no povoado, e estava no lugar em que Marta o encontrara. Os judeus que estavam com Maria, na casa, consolando‑a, vendo‑a levantar‑se apressadamente e sair, seguiram‑na, pensando que ela iria ao sepulcro para lamentar‑se ali. Maria chegou ao lugar onde Jesus estava; ela o viu e caiu a seus pés dizendo‑lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão”. Quando Jesus a viu lamentando‑se e os judeus que estavam com ela também se lamentando, sentiu uma comoção e ficou agitado interiormente. Ele disse: “Onde o pusestes?” Disseram‑lhe: “Senhor, vem e vê”. Jesus chorou. Diziam, então, os judeus: “Vede como ele o amava”. Alguns dentre eles, porém, disseram: “Ele, que abriu os olhos do cego, também não podia ter feito com que este não morresse?” Jesus, então, novamente, comovido em seu íntimo, veio ao sepulcro. Este era uma gruta com uma pedra colocada à sua entrada. Disse Jesus: “Retirai a pedra”. Disse‑lhe Marta, a irmã do morto: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Disse‑lhe Jesus: “Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” Retiraram a pedra. Então Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te agradeço, porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas eu disse por causa da multidão que está aqui em volta, para que creiam que tu me enviaste”. E, tendo dito isso, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” Saiu o que estivera morto, com os pés e as mãos atados com faixas e seu rosto envolvido em um sudário. Disse‑lhes Jesus: “Desatai‑o e deixai‑o ir”. Então muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria e viram o que ele fizera creram nele.
“A amizade que Jesus cultiva com Lázaro, Marta e Maria é inspiradora, pois mostra o lado plenamente humano de Jesus. Viver sem a experiência de amizade é praticamente impossível, pois somos chamados à comunhão, e não à solidão. Quando Jesus recebe a notícia da morte de seu amigo Lázaro, derrama lágrimas, pois sente profundamente a dor da separação. Disposto a confirmar a vida eterna, ele proporciona aos corações descrentes a ressurreição de Lázaro. A morte carrega consigo a dor da separação, enquanto a fé na vida eterna, mesmo não impedindo o sofrimento, permite que a esperança aponte para o que virá depois da existência terrena. A fé é capaz de transformar a escuridão do luto em luz.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).
Meditação (Caminho)
O que o texto diz a você? Leia novamente o Evangelho, faça a sua meditação e procure escutar o que o Senhor quer lhe dizer. Jesus se entristece com a morte de seu amigo, tem compaixão de Marta e Maria, convida as irmãs a acreditarem e - pela fé e confiança - lhes devolve a alegria da vida.
Aproxime-se do Senhor e escute a sua Palavra de esperança.
Oração (Vida)
Na oração de hoje apresente a Jesus as pessoas doentes, as que não creem, de sua família ou próximas de você.
Oração: Senhor Jesus, médico divino, tu dás a vida e a vida em plenitude àqueles que te buscam. Por isso, hoje, Senhor, de um modo especial, quero pedir a cura de todo tipo de doença. Aumenta a minha fé no infinito Amor que tens por nós. Aumenta minha fé que às vezes se encontra tão enfraquecida. Eu creio e abro meu ser para que tua Palavra opere em mim a transformação necessária. Agradeço humildemente por toda obra que estás realizando em meu coração e em meu corpo, neste momento. Amém, Assim Seja!
Contemplação (Vida e Missão)
Preste atenção ao diálogo de Jesus com as irmãs de Lazaro, Maria e Marta e faça seu ato de fé no Senhor da vida.
Bênção
Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Chegamos ao Quinto Domingo da Quaresma. O tema central da liturgia de hoje é a vida nova em Cristo, antecipação da própria glória de Jesus. Ezequiel nos oferece o belo quadro do vale de ossos ressequidos, que ganham nervos, carne e pele. Isso foi possível porque o Senhor derramou seu Espírito sobre ele. O contexto é o do exílio babilônico: o povo de Israel estava disperso e subjugado. O tema da ressurreição, contudo, está no centro da narrativa do profeta: o retorno do exílio é uma espécie de nova criação. Por trás dos ossos secos, está a humanidade imersa no pecado e na rebelião; por trás da recriação, está a ação libertadora de Deus, que perdoa, refaz e reconduz seu povo à vida. O trecho do Evangelho nos brinda com a cena da ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria, e amigo de Jesus. Ele vive em Betânia, a “casa da aflição”. Mas o nome Lázaro significa “Deus é meu socorro”. Jesus, depois de saber da notícia da doença do amigo, ainda se demora, mas vai se revelar a glória de Deus. Há duas cenas centrais: o diálogo de Jesus com Marta e a ressurreição. Na primeira, ganha destaque a solene revelação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida”. “Eu sou” é uma típica expressão da identidade de Deus. Diante da pergunta cortante de Jesus, Marta professa sua fé. Na verdade, ela sintetiza a fé da Igreja: “Eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. A cena da ressurreição é profunda e bela. O cadáver já cheira mal, pois é o quarto dia. Não há nada que se possa fazer, pensam. Jesus revela sua humanidade e chora a morte do amigo. Revela também o poder que o Pai lhe deu. Ele ora, agradecendo. O Pai o escuta. E Jesus grita: “Lázaro, vem para fora!”. Muitos chegam à fé. A cena antecipa a ressurreição de Jesus. Também nós nascemos para a vida de fé, saindo da rocha, da pia batismal. Devemos, pois, viver segundo o Espírito, pois pertencemos a Cristo e somos pessoas ressuscitadas, criaturas novas, vivendo a partir de valores novos.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.