Fundo
Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 07/11/2025

31ª Semana do Tempo Comum - Ano C - Verde
1ª Leitura: Rm 15,14-21 Salmo: Sl 97(98) - O Senhor revelou sua justiça aos olhos das nações.
evangelho
Os filhos deste mundo são mais prudentes, na relação com seus congêneres, que os filhos da luz - Lc 16,1-8

Jesus dizia também a seus discípulos: “Havia um homem rico que tinha um administrador, e lhe foi informado que ele estava dissipando seus bens. Tendo-o chamado, lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas de tua administração, pois não poderás mais administrar!’ [...] O senhor elogiou aquele administrador injusto, porque agiu com prudência. De fato, os filhos deste mundo são mais prudentes, na relação com seus congêneres, que os filhos da luz”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023
Clique nos títulos para ler o conteúdo.
Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém.
Cada vez mais me sinto atraído(a) a ler atentamente o Evangelho, pois ele é sempre novo para mim; é sempre como se fosse a primeira vez que o leio.
Um administrador desonesto foi despedido por má administração e foi elogiado por ser esperto. Sua esperteza consistiu em fazer amigos que o recebessem quando estivesse na rua.
Todos somos administradores dos bens do Senhor. Pais, professores, padres, catequistas, empresários são encarregados de cuidar de parte dos bens do Senhor. E dos administradores, diz São Paulo, se exige que sejam fiéis.




Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.

Leitura (Verdade)

Na parábola, Jesus nos conta as maneiras que um capataz encontrou para continuar vivendo bem, sem trabalhar. Durante a leitura vamos prestar atenção na esperteza deste funcionário em encontrar soluções para o seu problema.

Evangelho: Lc 16,1-8 Jesus dizia também a seus discípulos: “Havia um homem rico que tinha um administrador, e lhe foi informado que ele estava dissipando seus bens. Tendo-o chamado, lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas de tua administração, pois não poderás mais administrar!’ O administrador disse para si mesmo: ‘Que hei de fazer, visto que meu senhor tira de mim a administração? Cavar? Não tenho forças. Mendigar? Tenho vergonha. Já sei o que farei para que, quando eu for destituído da administração, me acolham em suas casas’. […] De fato, os filhos deste mundo são mais prudentes, na relação com seus congêneres, que os filhos da luz”.

“O Senhor elogia um corrupto, um sonegador? É o que pode parecer quando se lê superficialmente essa narrativa que sai dos lábios de Jesus. Contudo, vendo-a melhor nos pormenores, brilha aos olhos a verdadeira mensagem do Mestre. O contexto da parábola é de formação particular aos discípulos e, pelo que parece, a conversa visa ao discernimento que deve sempre anteceder as ações de quem quer viver na luz de Deus. O administrador, “filho das trevas”, planejou e cumpriu tudo o que precisava para se safar das consequências da habilidade desonesta. Nesse caso, teve uma prudência interesseira, enquanto o Senhor previne os discípulos de que os filhos da luz precisam ser sensatos e ponderados nas decisões”. (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“Senhor, essa parábola do administrador infiel deixa-me um tanto confuso(a). Compreendo que não elogiaste a sua infidelidade, mas a sua esperteza e sagacidade em providenciar os meios para viver sem trabalhar. E eu que desejo ser fiel ao meu Batismo, à minha fé qual é minha esperteza, minha sagacidade?
A arte de ludibriar é muito usada, de forma bastante eficiente, em nossa sociedade atual. Todos os dias os meios de comunicação nos informam sobre golpes e embromações que são aplicadas a sociedade. O evangelho de hoje nos coloca neste contexto.
Não posso permitir-me ser uma pessoa descuidada dos meus compromissos cristãos, pois essa inclinação do ser humano pode entranhar-se também nos ambientes religiosos.”
À luz desta parábola faça uma revisão de sua conduta neste aspecto.
O que Jesus quer nos ensinar com isso? Qual a mensagem para hoje?

Oração (Vida)

O templo do Senhor deve ser o nosso coração, e Ele deseja escutar o que temos a dizer. Aproxime-se de Deus e faça a sua oração, mantendo em mente que é com muito amor e carinho que Ele o(a) acolhe. Abra o seu coração e faça a sua oração, que pode ser de súplica, louvor ou agradecimento. Reze e expresse-se sem medo.
Se desejar conclua com esta oração:
“Jesus vida, torna-me semelhante a ti, que eu me interesse pelas coisas do Pai como Tu o fizeste. Que eu seja atento (a) às necessidades dos meus irmãos, sobretudo dos mais pobres, sofredores e excluídos da sociedade. Que eu saiba administrar com sabedoria os dons e os bens que adquiri com o suor do meu trabalho. Isso te peço no amor do Pai e na luz do Espírito Santo. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Coloque-se entre os ouvintes de Jesus e contemple sua sabedoria ao nos propor essa parábola do administrador. Prometa a Jesus esforçar-se para ser um bom administrador dos talentos que Ele lhe deu. Confie na sua graça.

Bênção

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (...) Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem." (Romanos 12, 12; 21)

Ir. Carmen Maria Pulga

Jesus, dirigindo-se aos discípulos, conta uma parábola sobre o uso das riquezas para fazer amigos. Um proprietário recebe uma denúncia sobre o gasto desenfreado de seus bens por seu administrador. No acerto de contas, o empregado é ameaçado de ser demitido. Da inaptidão do trabalho manual à mendicância, busca uma solução até encontrar o que faria. É astuto para ganhar amigos, renunciando a seus próprios privilégios e demonstrando benevolência aos devedores do patrão. Seja abdicando sua comissão, seja reduzindo por conta própria as dívidas em 50% do primeiro e 20% do segundo credor, consegue o pagamento para seu senhor, recebendo, inclusive, elogios em vista de sua esperteza. Com essa parábola, Jesus não quer enfatizar a desonestidade, mas fazer uma crítica aos discípulos. Se a vida e o lucro diante de uma crise fazem mobilizar forças para encontrar uma solução, quanto mais o acolhimento e o empreendimento à Boa-Nova. Os “filhos da luz” devem ser astutos na evangelização, para ganhar fiéis, sobretudo na ação misericordiosa para com os irmãos.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.