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Quarta-feira, 30 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 04/11/2024

S. Carlos Borromeu - 31º Semana do Tempo Comum - Ano B - Branca
1ª Leitura: Fl 2,1-4 Salmo: Sl 131(130) - Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor.
evangelho
Os convidados e o anfitrião - Lc 14,12-14

E disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado! Pelo contrário, quando ofereceres um banquete, convida pobres, aleijados, coxos, cegos! Então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

No Evangelho de hoje Jesus Mestre nos chama para ser, hoje e sempre, amor autêntico, caridade sincera, abertura verdadeira em relação aos que são diferentes de nós. O cristão não pode visar a recompensa crua, fazendo o bem apenas a quem lhe faz o bem e relacionando-se somente com quem pode retribuir.
Coloque-se nessa atitude de aprendizado, como filho/a que quer ser educado no caminho da felicidade verdadeira, a bem-aventurança.

Reze com o Salmo 131: “Senhor Deus, eu (diga seu nome), já não me sinto orgulhoso/a, deixei de olhar os outros com arrogância. Não vou atrás de coisas grandes e extraordinárias que estão fora do meu alcance. Assim como a criança que acabou de mamar fica tranquila nos braços de sua mãe, assim minha alma fica quieta, satisfeita e tranquila, e meu coração está calmo dentro de mim. (Diga seu nome), ponho a minha confiança e a minha esperança em Deus, o Senhor, agora e sempre.” (cf. Sl 131). Amém.



Leitura (Verdade)

Faça uma leitura atenta do Evangelho. Mesmo convidado para um jantar, Jesus não deixa de se colocar ao lado dos pobres e nos ensinar o caminho da verdadeira felicidade.

Evangelho: Lc 14,12-14 “E Jesus disse também a quem o tinha convidado: “Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para não acontecer que eles, por sua vez, te convidem e assim fiques recompensado. Pelo contrário, quando ofereceres um banquete convida pobres, aleijados, coxos, cegos; então serás bem-aventurado, porque eles não têm modo de te retribuir. Com efeito, isso te será retribuído na ressurreição dos justos”.

“Jesus continua sua catequese na casa de um fariseu. Sentados à mesa, onde acontece a interação das relações, é uma oportunidade para partilhar, além do alimento, nossos ideais e nossos afetos. E Jesus aproveita a ocasião para ensinar que na mesa de irmãos não deve haver ostentação, privilégios ou recompensa, mas a misericórdia com os mais necessitados. O Reino dos Céus é gratuidade, e o convite verdadeiro não parte dos direitos ou méritos dos convidados, mas da bondade de quem convida. Quando somos movidos pela compaixão e a gratuidade estiver na raiz de nossas ações, a recompensa virá do alto. A gratuidade é o grande dom de Deus, o único capaz de retribuir além das expectativas humanas.” (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Estamos diante de um texto que nos lança um grande apelo: a renúncia à sociedade egoísta e a adesão à nova sociedade do Reino, fundada na gratuidade, no serviço e na partilha. É a lógica contrária à da sociedade em que estamos inseridos. É um estilo de vida que segue os critérios de Jesus e de seu Evangelho, que vê a relação entre as pessoas permeadas pelo serviço humilde e gratuito.
Como criar em nosso coração essa atitude de gratuidade?
Que mudança de atitudes esse evangelho lhe sugere? Qual convite o Senhor lhe faz neste dia?

Oração (Vida)

Rogue pedindo a Virgem Maria que nos apresente ao seu Filho como filhos necessitados de sua graça e seu auxílio:
“Maria, Mãe de Jesus e minha, acolhei-me entre os que amais, nutris, santificais e guiais na escola de Jesus Cristo Divino Mestre. Vós conheceis nos planos de Deus os filhos que ele chama, e por eles intercedeis, obtende-me graça, luz e conforto. Iluminai minha mente, fortificai minha vontade e santificai meu coração para que eu possa corresponder plenamente ao amor do Pai.” Amém.

Contemplação (Vida e Missão)

É o momento de responder à presença de Deus em nossa vida com um compromisso, um gesto concreto. De que forma você deseja colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus despertou em você neste dia?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Continua a conversa durante a refeição na casa de um dos chefes dos fariseus. Os fariseus observavam Jesus e nós também, e o vemos sempre muito à vontade na companhia dos fariseus. Jesus se dirige a quem o convidou. Agora sabemos que ele tinha sido convidado. O ensinamento de Jesus é simples: não faça nada por interesse, não busque recompensas. Um exemplo claro de uma atitude gratuita e sem interesse de retorno seria oferecer um almoço para quem não tem nada nem poderia retribuir com outro almoço. São exemplos-limite dados por Jesus. Limite porque até aí se pode chegar. Não se trata de um preceito. Podemos convidar parentes e amigos sem escrúpulo de consciência, desde que nossa atitude seja límpida e cristalina, sem segundas intenções. Não se sinta constrangido com o que estiver fazendo nem crie constrangimento para os outros. De qualquer forma, não faça nada para aparecer, e menos ainda para tirar vantagem pessoal da boa vontade dos outros. A mão direita não deve saber o que faz a esquerda, a não ser que você seja pianista. Jesus sai do nível puramente terreno e abre as portas do banquete celeste. Nossa recompensa virá na ressurreição dos justos. Aqui se une a caridade com a fé e a esperança. Falamos como quem convida para a refeição. Podemos falar como quem é convidado, os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.