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Segunda-feira, 20 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 01/12/2023

34º Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Dn 7,2-14 Salmo: (Sl)Dn 3,75-81 - Tudo o que brota do chão, bendizei ao Senhor.
evangelho
O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão - Lc 21,29-33

E contou-lhes uma parábola: Observai a figueira e toda árvore. Quando lançam brotos, olhando, sabeis por vós mesmos que o verão está próximo. Assim também vós, quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que o Reino de Deus está próximo. Amém, eu vos digo: esta geração não passará sem que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

A imagem da figueira que brota em determinada estação do ano, fala da presença do Reino entre nós. O próprio Cristo, cuja Encarnação humana celebramos no Natal, é o Reino de Deus anunciado. O Advento é o tempo próprio de preparação para a Celebração do Natal. Este tempo está próximo. Acolhendo a Palavra de Deus, estejamos vigilantes para que nossa fé traga os frutos deste acontecimento divino: O Reino de Deus sendo inaugurado pela chegada de Jesus em nossa humanidade...


Rezemos: “Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.”

Leitura (Verdade)

A Palavra de Jesus é carregada de esperança: “Quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está próximo”.

Evangelho: Lc 21,29-33 : “E contou-lhes uma parábola: Observai a figueira e toda árvore. Quando lançam brotos, olhando, sabeis por vós mesmos que o verão está próximo. Assim também vós, quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que o Reino de Deus está próximo. Amém, eu vos digo: esta geração não passará sem que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão.”

“A natureza, antes da agressiva intervenção humana, demarcava visivelmente as diferentes estações. Jesus traz presente a brotação da figueira, que permite entender a proximidade do verão. Dessa forma, ele nos recorda de que a vida é cheia de sinais e que é necessário prestar atenção nas diferentes linguagens que expressam a vontade de Deus. Jesus é e sempre será o grande sinal, presente em suas palavras e ações. Não existem dúvidas, Deus fala de forma eficaz e eloquente, afirmando que tudo o que está escrito acontecerá. Muitos usam das afirmações de Jesus para anunciar acontecimentos catastróficos. Sejamos capazes de confiar no amor de Deus, através de Jesus, que prometeu estar sempre conosco”. (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Permaneça em silêncio e retome os elementos presentes na narrativa do Evangelho.
O que diz o texto para mim, hoje?
Quais atitudes Jesus me convida a interiorizar para viver?
Diante das leituras apocalípticas deste tempo seus sentimentos são de esperança ou de medo? Por quê? Encontrou no texto algo que lhe deu esperança e ânimo? O que leva as pessoas hoje a ter esperança e resistir?

Oração (Vida)

“Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a Ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de Vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por Vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus e buscar, em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Qual apelo sentiu em seu coração? Quais compromissos deseja concretizar em sua vida? Uma proposta é a de perceber as visitas de Deus em nossa vida.

Bênção

Abençoe-nos o Deus bondoso que se revela aos pequeninos. Em sua misericórdia nos dê a graça de caminhar com alegria ao encontro de Jesus que vem para nos salvar. Abençoe-nos o Pai, o Filho, o Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

Em Israel, há um inverno relativamente rigoroso. Em março-abril, no início da primavera, surgem os primeiros brotos na figueira. O verão, tempo de colheita, está chegando. Há uma advertência de Jesus: os homens daquela geração conseguem entender os sinais da natureza, mas não conseguem entender os sinais de Deus, a visita de Deus em nossa história. Esse é o elemento da comparação. A parábola pode ser aplicada a várias situações, mas, no Discurso Escatológico, parece referir-se à parusia, à vinda gloriosa de Jesus, como Juiz e Senhor da história. A expressão “essas coisas”, do v. 31, parece referir-se àquilo que foi narrado anteriormente: a destruição da cidade e do Templo, as perseguições aos cristãos e os sinais da vinda do Filho do Homem. Os Padres da Igreja muitas vezes falaram das duas vindas de Cristo: a vinda na história e a vinda gloriosa, a encarnação e a parusia. Mas podemos falar de uma vinda na cotidianidade de nossas vidas. Tudo se torna sinal da graça de um Deus que nos visita. E, você, consegue ler os sinais da visita da graça de Deus em sua vida, em sua família e em sua comunidade? Deus tem um desígnio para a história. O que está em jogo é a esperança, pois, depois do inverno, brilha o sol da primavera. E, no verão, come-se o figo que adoça a vida.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.