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Sábado, 28 de Junho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 06/05/2020

4ª Semana da Páscoa - Ano A - Branca
1ª Leitura: At 12,24 – 13,5a Salmo: Sl 67(66) - Que os povos te louvem, ó Deus!
evangelho
Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas - Jo 12, 44-50

Jesus exclamou: “Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse”.

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Agora eu me imagino junto a Jesus como discípulo(a), ouvindo seus ensinamentos. Escolho um lugar, no meio desta cena, de onde quero escutar o Mestre. Acalmo todo meu ser e foco-me no Evangelho que a liturgia oferece hoje. Assim estou em comunhão com toda a comunidade cristã acolhendo a semente da Palavra. Quero que em mim ela produza frutos, muitos frutos, por isso abro meu coração e ouvidos.


Leitura (Verdade)

Releio o texto e escuto o que Jesus diz sobre sua identidade, sua origem, sua missão neste mundo e em nome de quem Ele fala.

“O último discurso de Jesus, antes de iniciar a Páscoa, recapitula quatro temas importantes das controvérsias com as autoridades judaicas. São elas: a missão de Jesus como enviado do Pai, a luz que veio ao mundo, a acolhida ou não da Palavra de Jesus e a promessa de vida eterna. Por vezes, de modo impróprio, falamos que Deus julgará, levando-nos à salvação ou condenação. Na realidade, o Juízo respeita nossas escolhas, mesmo as mais infelizes. Mas a missão de Jesus no mundo não objetiva condenar, mas salvar. Dotados de vontade e liberdade, Deus nos leva a sério e respeita nossas escolhas. Contudo, sempre dá chances de recomeçarmos. As escolhas que valem não são as de ontem, mas as que fazemos hoje.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Silencio e procuro ouvir o que o texto diz para minha vida. Qual foi a palavra que encontrou mais sintonia com o meu coração? Qual a condição que Jesus coloca para entrar no seu reino?

Oração (Vida)

Este momento deixo meu coração falar com Deus. O que quero lhe dizer?
Rezo como missionário(a) pelas necessidades de meu povo. Falo com Deus das necessidades humanas (lembro as classes menos favorecidas, as que exercem responsabilidade com o povo) e peço a graça de nunca me envergonhar de dar meu testemunho cristão.

Contemplação (Vida e Missão)

Contemplo: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” e proponho-me permanecer aberto à Luz do Senhor.

Bênção

Benção de São Francisco: O Senhor te abençoe e te guarde,
Mostre a ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.
Volte para ti o seu olhar
e te dê a paz.

Ir. Carmen Maria Pulga

Não vemos o Cristo fisicamente como o viram seus contemporâneos antes de sua morte. Não vemos também como o viram os que testemunharam a sua ressurreição, que com ele falaram e com ele comeram. Fazemos parte daqueles que acreditaram sem ter visto e que, por isso, são considerados bem-aventurados por Jesus. São João insiste na necessidade da fé que, por Jesus, nos leva ao Pai. “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou.” João, apóstolo e evangelista, escreve num período de relações polêmicas entre os nazarenos, discípulos de Jesus, e os fariseus remanescentes da destruição do Templo e da Cidade Santa de Jerusalém. Estes acreditavam ser verdadeiros discípulos de Moisés e adoradores do Deus verdadeiro. Em contrapartida, a comunidade joanina afirmava que, para conhecer alguma coisa do Pai, do Deus dos nossos pais, é preciso aceitar Jesus Cristo na fé. Para eles, verdadeiros discípulos de Moisés e adoradores do Deus verdadeiro são os seguidores de Jesus de Nazaré. Embora em tom mais amigável, a polêmica perdura até hoje.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.