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Sábado, 28 de Junho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 16/03/2025

2º Domingo da Quaresma - Ano C - Roxa
1ª Leitura: Gn 15,5-12.17-18 Salmo: Sl 26(27) - O Senhor é minha luz e minha salvação. 2ª Leitura: Fl 3,17–4,1
evangelho
Este é meu filho, o escolhido. Ouvi-o! - Lc 9,28b-36

Ora, cerca de oito dias depois desse discurso, Jesus, tendo tomado consigo Pedro, João e Tiago, subiu à montanha para orar. Enquanto orava, o aspecto de seu rosto mudou, e sua roupa tornou-se de um branco deslumbrante. Eis que dois homens conversavam com ele; eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido na glória, falavam do êxodo dele, que haveria de consumar-se em Jerusalém. Pedro e os que estavam com ele caíam de sono; mas, tendo acordado completamente, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. Enquanto estes se afastavam dele, disse Pedro a Jesus: “Senhor, é belo para nós estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias!” Ele não sabia o que dizia. Enquanto falava isso, uma nuvem os encobria. Ao entrarem na nuvem, ficaram tomados de temor. E da nuvem veio uma voz que dizia: “Este é meu filho, o escolhido. Ouvi-o!” Quando a voz ressoou, Jesus se encontrava só. Os discípulos ficaram em silêncio e, naqueles dias, não contaram a ninguém nada do que tinham visto.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Somos habitados por uma fome de infinito, de silêncio e de quietude interior. A oração é mais vigorosa neste ambiente do que no burburinho de palavras. É deixar-se tocar pelo olhar misericordioso de Deus. Por isso, preparo-me para este momento de meditação orante com o coração calmo e sedento da profecia de Deus para mim.




“Meu coração vos disse: Busquei a vossa face, é vossa face, Senhor que eu procuro. Não desvieis de mim o vosso rosto! “ (Sl 26, 8-9).

Leitura (Verdade)

A palavra é a verdade que nos sustenta, e nada poderá tirá-la de quem a acolhe. Leia pausadamente o Evangelho desejando esta experiência de sentir a presença de Deus como graça para sustentar nossa fé.

Evangelho: Lc 9,28b-36 “Ora, cerca de oito dias depois desse discurso, Jesus, tendo tomado consigo Pedro, João e Tiago, subiu à montanha para orar. Enquanto orava, o aspecto de seu rosto mudou, e sua roupa tornou-se de um branco deslumbrante. Eis que dois homens conversavam com ele; eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido na glória, falavam do êxodo dele, que haveria de consumar-se em Jerusalém. Pedro e os que estavam com ele caíam de sono; mas, tendo acordado completamente, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. Enquanto estes se afastavam dele, disse Pedro a Jesus: “Senhor, é belo para nós estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias!” Ele não sabia o que dizia. Enquanto falava isso, uma nuvem os encobria. Ao entrarem na nuvem, ficaram tomados de temor. E da nuvem veio uma voz que dizia: “Este é meu filho, o escolhido. Ouvi-o!” Quando a voz ressoou, Jesus se encontrava só. Os discípulos ficaram em silêncio e, naqueles dias, não contaram a ninguém nada do que tinham visto.”

“A subida ao monte lembra personagens do Povo de Deus, e logo entram na cena dois grandes mestres da fé de Israel, Moisés e Elias, que conversam com Jesus. Os três companheiros do Senhor ficam estupefatos, sem nada entender, e sentem-se voltando no tempo, para a época das tendas, quando todo o povo vivia no deserto sob a condução de Moisés. A sombra de Deus, porém, os recobre e os arranca daquele êxtase a tempo de eles escutarem claramente a grande novidade da fé bíblica: dirigindo-se a Jesus, o Pai faz a revelação-convite: “Este é meu filho, o escolhido. Ouvi-o!”. Desde então, só ele é o Mestre, e os discípulos que naquele dia silenciaram, de susto, depois se tornaram os seus missionários.” (Viver a Palavra – 2025 - Ir. Maria Inês Carniato, fsp- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

“Este é meu filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!”.
Como estão os ouvidos do meu coração? Estão abertos para escutar a voz de Jesus que nos pede para segui-lo?
E minha alma está sedenta de Deus e sente prazer estar com Ele, pelo menos em algumas ocasiões, como foi para Pedro, Tiago e João?
Subo ao monte com Jesus para fazer esta experiência divina que me pede para permanecer com Ele?

Oração (Vida)

A oração é encontro. É extasiar-se na presença de Deus.....
Visita-nos, Senhor, com a voz de verdadeiros profetas. Que eu não tenha medo de confiar em tua Palavra. Escute meu coração neste momento. Ele traz incertezas, alegrias e dores, esperanças e medos. Tudo o que enxergo no rosto de tantos irmãos... o mundo que me deixa tantas inseguranças .... o mal que parece ser mais forte que o bem...
Escuta, Senhor, esta prece que faço com o coração. Manifesta tua presença para que eu não sucumba, mas à luz de teu olhar, o esplendor de teu rosto contamine minha vida....
Ajuda-me a calar o ruído das minhas falsas necessidades, o ruído do consumismo, a pressa com que me encho de coisas, de informações desnecessárias. Que tua presença seja o assombro que me sacia, a promessa que me salva!

Contemplação (Vida e Missão)

Pensando na proposta da Campanha da Fraternidade deste ano tomo a determinação de um gesto concreto em favor da vida integral.

Bênção

Benção especial da Quaresma
- Deus Pai de misericórdia, conceda a todos, como concedeu ao filho pródigo, a alegria do retorno a casa. Amém.
- O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, nos guie nesta jornada quaresmal a uma verdadeira conversão. Amém.
- O Espírito de sabedoria e fortaleza nos sustente na luta contra o mal, para podermos com Cristo celebrar a vitória da Páscoa. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

No 2º domingo da Quaresma, somos chamados a encontrar-nos com Deus na montanha. O lugar nos inspira paz e plenitude. É palco de grandes revelações do Senhor ao longo da história de Israel. É oportunidade para aprofundar uma intimidade e reatar a aliança com ele. Deus, antes mesmo de firmar sua aliança com Israel ao libertá-lo do Egito, faz aliança com Abrão (primeira leitura). Já de idade, sem descendência e sem terra, ele acredita nas promessas do Senhor. Deus se manifesta no fogo que passa pelos animais cortados. Abrão também deveria atravessá-los, como prescreve o modo antigo de se fazer uma aliança, mas não o acompanha. Cai em um sono profundo. Abandona-se e confia no Senhor, que é sempre fiel à sua aliança. Deus também se manifesta a Paulo. Não somente a glória da ressurreição, mas também a ação contínua do Espírito Santo provocam no apóstolo a certeza de buscar o céu. Vencendo a morte e assumindo seu corpo glorioso, Jesus também transformará cada um dos seus. Por isso, é preciso manter-se firme nele (segunda leitura). Antes mesmo do mistério pascal, Cristo já apresenta mostras da glória futura. Seus três discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João, serão testemunhas dessa experiência. A mudança esplendorosa da fisionomia de Jesus em sua oração lembra o rosto de Moisés transformado em glória na descida do Sinai. Lá também Elias experimenta a manifestação de Deus em uma brisa suave. Os dois, símbolo da Lei e dos profetas, conversam com Jesus, o que remonta à vinda gloriosa do Messias (Ml 3,22). Eles tratam do sofrimento e da morte de Cristo, a exemplo deles, que também sofreram provações e perseguições na condução de Israel. Os discípulos despertam do sono ao verem sua glória e querem permanecer nela, propondo armar tendas para Jesus, Moisés e Elias. Mas aparece a sombra de uma nuvem, símbolo da presença de Deus na tenda do encontro (Ex 40,35). A voz de Deus ressoa e testifica a missão do Filho, que deve ser escutado e seguido pelos discípulos. Não mais com Moisés e Elias, mas sozinhos com o Mestre, devem seguir confiantes em sua Palavra e continuar a missão. Busquemos o Senhor todos os dias na montanha e nos deixemos ser transfigurados por ele!

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.