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Segunda-feira, 20 de Maio de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 31/10/2023

30ª Semana do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Rm 8,18-25 Salmo: Sl 126(125) - O Senhor se mostrou grande pelo que fez conosco.
evangelho
A que é semelhante o Reino de Deus? - Lc 13,18-21

Ele, portanto, dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus? Com que hei de compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta: cresceu e tornou-se árvore, e as aves do céu aninharam-se em seus ramos”. E disse ainda: “Com que hei de comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até que tudo ficasse fermentado”.

A Bíblia: Novo Testamento, tradução da editora Paulinas, 2015.
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Oração Inicial

Acolhamos a Palavra de Deus em nosso coração e permitamos que ela nos conduza neste novo dia. O Senhor nos convida à percepção com as realidades divinas. São pequenas aos nossos olhos, são simples, mas transformadoras. Quantas pequenas atitudes, gestos quase imperceptíveis, feitos com amor e na partilha generosa, estão transformando a sociedade.



“Senhor, sei que estás aqui. Ajuda-me a permanecer na tua presença.”

Leitura (Verdade)

Detenha-se nas parábolas deste evangelho e recolha os elementos principais. Para quais aspectos Jesus chama a atenção de seus ouvintes? Qual a figura central desse relato?

Evangelho: Lc 13,18-21 Ele, portanto, dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus? Com que hei de compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta: cresceu e tornou-se árvore, e as aves do céu aninharam-se em seus ramos”. E disse ainda: “Com que hei de comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até que tudo ficasse fermentado”

“Acostumados a querer ver grandes apresentações e luminosos efeitos, o cristão, quando se trata do Reino de Deus, precisa recordar o pequeno grão de mostarda e a insignificante quantidade de fermento. Naqueles tempos e nos nossos tempos, os reinos eram suntuosos e repletos de exterioridade. Jesus inaugura um Reino maravilhoso, porém pequeno e invisível. Para explicitar a manifestação do seu Reino, Jesus fala do grão de mostarda e da pequena quantidade de fermento, que faz levedar toda a massa. No mundo dos eletrônicos, tudo é muito bem produzido, a ponto de prender a atenção. A simplicidade é a marca do Reino de Jesus. É incrível perceber a força que tem as coisas de Deus! O segredo é ter fé.” (Viver a Palavra – 2023. Frei Jaime Bettega- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Estamos diante de um texto que nos lança um grande apelo: saber perceber e acolher a mão amorosa de Deus trabalhando no silêncio, sem espetáculo, mas com força de transformação no interior do ser humano.
O que é o Reino de Deus para você? Por quais sinais você o reconhece? Como você pode ser fermento do Reino de Deus? Qual convite o Senhor lhe faz neste dia?

Oração (Vida)

“Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja. Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus. Um coração grande e forte para amar todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa. Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário. Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde e fielmente, a vontade do Pai. Amém” (Paulo VI).

Contemplação (Vida e Missão)

É o momento de responder à presença de Deus em nossa vida com um compromisso, um gesto concreto. De que forma você deseja colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus despertou em você neste dia?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

O capítulo 13 de Lucas é cheio de imagens: figueira estéril, grão de mostarda, fermento, porta, raposa e galinha. O texto do Evangelho de hoje nos oferece duas parábolas: primeiro, o contraste entre a pequenez da semente de mostarda e a grandeza da árvore; segundo, a invisibilidade do fermento na massa e a levedura da mesma e seu crescimento. As parábolas são construídas de forma simétrica. As aves do céu que vêm fazer os ninhos nos galhos podem ser uma alusão a Ezequiel 17,23. O semeador e o terreno são quase irrelevantes na parábola. O acento é posto sobre o resultado: o tamanho da árvore e a acolhida dos pássaros, símbolo dos gentios. O povo de Israel esperava um Messias triunfalista e glorioso. Isso contrasta com a invisibilidade, a fraqueza da encarnação, a figura do carpinteiro pobre e crucificado, a pequenez e a pobreza da Igreja nascente. Quanto ao fermento, em algumas passagens, ele indica impureza e corrupção. Nesse texto, contudo, ele tem significado positivo: denota a presença do Reino de Deus na história. Há um mistério escondido: assim se revela o mistério do Reino, que é algo pequeno, aparentemente insignificante e invisível, mas profundamente fecundo. Os pequenos, pobres e humildes são os que conseguem compreender e acolher a novidade que Jesus oferece.

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, ‘A Bíblia dia a dia 2023’, Paulinas.