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Quarta-feira, 30 de Abril de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 28/07/2024

17º Domingo do Tempo Comum - Ano B - Verde
1ª Leitura: 2Rs 4,42-44 Salmo: Sl 145(144) - Abres a mão e sacias o desejo de todo ser vivo. 2ª Leitura: Ef 4,1-6
evangelho
Verdadeiramente, é ele o Profeta que vem ao mundo - Jo 6,1-15

Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. Seguiu-o uma grande multidão, porque tinha visto os sinais que ele fizera nos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Jesus, tendo levantado os olhos e observado a grande multidão que vinha até ele, disse a Filipe: “Onde compraremos pão para lhes dar de comer?” Dizia isso para colocá-lo à prova, pois sabia o que iria fazer. Respondeu-lhe Filipe: “Duzentos denários de pão não seriam o bastante para que cada um recebesse apenas um pouco”. Disse-lhe André, um de seus discípulos, o irmão de Simão Pedro: “Há aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois pescados. Mas o que é isso para todos estes?” Disse Jesus: “Fazei com que todos se acomodem!” Havia muita relva no lugar. Os homens se acomodaram em número de aproximadamente cinco mil. Então Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os aos convivas e, do mesmo modo, fez com os pescados, quanto queriam. Quando estavam saciados, disse a seus discípulos: “Recolhei o que sobrou em cestos a fim de que nada se perca!” Eles, então, recolheram e encheram doze cestos dos pedaços dos cinco pães de cevada que tinham excedido aos comensais. As pessoas, tendo visto o sinal que Jesus fizera, diziam: “Verdadeiramente, é ele o Profeta que vem ao mundo”. Jesus, sabendo que estavam por vir tomá-lo à força para fazê-lo rei, retirou-se, novamente, sozinho para o monte.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

17º Domingo do Tempo Comum. Voltemos nossa confiança no Senhor que nos recria em seu amor, ouvindo sua Palavra e esforçando-nos em vivê-la.

“Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.”


Leitura (Verdade)

Jesus nunca foge do povo, ao contrário, acolhe e atende suas necessidades sempre cheio de compaixão. É preciso aproximar-se e, também, acolhê-lo e permitir que sua graça trabalhe em nós.
Leia o Evangelho procurando compreender seu contexto. Quem são os personagens que aparecem na narrativa? Qual é a atitude de Jesus? O que a multidão busca em Jesus? Faça outras perguntas ao texto e destaque as palavras que se repetem.

Evangelho: Jo 6,1-15 Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. Seguiu-o uma grande multidão, porque tinha visto os sinais que ele fizera nos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Jesus, tendo levantado os olhos e observado a grande multidão que vinha até ele, disse a Filipe: “Onde compraremos pão para lhes dar de comer?” Dizia isso para colocá-lo à prova, pois sabia o que iria fazer. Respondeu-lhe Filipe: “Duzentos denários de pão não seriam o bastante para que cada um recebesse apenas um pouco”. Disse-lhe André, um de seus discípulos, o irmão de Simão Pedro: “Há aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois pescados. Mas o que é isso para todos estes?” Disse Jesus: “Fazei com que todos se acomodem!” Havia muita relva no lugar. Os homens se acomodaram em número de aproximadamente cinco mil. Então Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os aos convivas e, do mesmo modo, fez com os pescados, quanto queriam. Quando estavam saciados, disse a seus discípulos: “Recolhei o que sobrou em cestos a fim de que nada se perca!” Eles, então, recolheram e encheram doze cestos dos pedaços dos cinco pães de cevada que tinham excedido aos comensais. As pessoas, tendo visto o sinal que Jesus fizera, diziam: “Verdadeiramente, é ele o Profeta que vem ao mundo”. Jesus, sabendo que estavam por vir tomá-lo à força para fazê-lo rei, retirou-se, novamente, sozinho para o monte.

“Os quatro Evangelhos falam da multiplicação dos pães. Em João, a iniciativa de saciar a fome do povo vem de Jesus, mas não como um líder instituído para resolver os problemas sociais. O povo o segue por causa dos sinais que ele realiza em favor dos doentes. O sinal é sempre ambíguo e precisa ser interpretado, pois remete a outra realidade, diferente daquela imediatamente percebida. Jesus quis apresentar pão ao povo para depois mostrar qual é o verdadeiro Pão. E João diz que Jesus mesmo o distribui, para acentuar que o Pão que ele dá como dom é ele mesmo: alimento que dá vida ao mundo. A partir desse sinal, o povo quer proclamá-lo rei, mas ele se retira, sozinho, para a montanha”. (Viver a Palavra – 2024. Ir. Carmen Maria Pulga- Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

O que o texto do Evangelho diz a você hoje?
Você se inclui na grande multidão que procura Jesus?
Para quais realidades você busca a vida que Jesus oferece?
Você colabora para que sua comunidade seja um sinal generoso do amor de Deus?
Diante da presença e da autoridade de Jesus, os discípulos não argumentam nem discutem, mas obedecem! Será que nós hoje estamos com Jesus naquilo que ele quer fazer através de nossos serviços e solidariedade?

Oração (Vida)

Apresente ao Senhor sua oração. Recorde as luzes e apelos que a Palavra despertou em seu coração e peça a graça de acolher sempre os seus ensinamentos....

Conclua rezando: “Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho unigênito de Deus, vindo ao mundo para dar aos homens a vida em plenitude. Nós vos louvamos e agradecemos, porque morrestes na cruz para obter-nos a vida divina que nos comunicais no Batismo e alimentais com a Eucaristia e os outros sacramentos. Vivei em nós, Jesus, pelo vosso Espírito, para que vos amemos com todo o nosso ser e amemos o próximo como a nós mesmos, no vosso amor. Fazei crescer em nós esse amor, para que um dia, ressuscitados, partilhemos convosco a alegria do reino dos céus. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que ela, por meio da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida.

Bênção

O Senhor, Deus de amor e paz, habite em vossos corações, oriente os vossos passos e confirme os vossos corações em seu amor. Vá em paz e seja um mensageiro/a da Boa Nova.

Ir. Carmen Maria Pulga

O capítulo sexto de São João é lido neste ano no Tempo da Páscoa e em alguns domingos do Tempo Comum. No Tempo da Páscoa, para nos dizer que Jesus ressuscitado permanece entre nós na sua Palavra e na Eucaristia, e, no Tempo Comum, para reforçar a nossa convicção de fé na presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia. O capítulo começa com o relato da multiplicação dos pães e dos peixes. Em seguida, depois de ter atravessado o mar da Galileia andando sobre as águas, Jesus vai à sinagoga de Cafarnaum, onde faz o grande sermão do pão do céu, o “pão da vida”, a sua carne dada para a salvação do mundo. Surge uma crise entre os judeus e entre os discípulos de Jesus, que não entendem o que Jesus está querendo dizer. Ouvem as palavras, mas não percebem o sentido. Judeus e discípulos começam a se afastar de Jesus. Ele, porém, mantém firme tudo o que disse sem nada mudar. O capítulo sexto de São João é considerado um texto eucarístico. Ele nos prepara para a instituição do sacramento da Eucaristia. Começando com o pão de cada dia, Jesus nos leva até ele, que é o alimento para a vida eterna. O pão simboliza todos os alimentos que tomamos cada dia e nos mantêm vivos. Jesus mesmo mostra sua preocupação com o povo que foi atrás dele para ouvir o seu ensinamento e que precisava se alimentar. Pergunta a Filipe onde poderiam comprar pão para dar de comer àquela gente. Filipe sabe que não era apenas questão de onde comprar, mas também de como pagar. Havendo pão, havendo onde comprar e tendo dinheiro, o problema estaria resolvido. É a solução do poder, de quem tem, compra e paga. André apresenta a Jesus um menino que tinha cinco pães e dois peixes. Se a solução de Filipe não era viável pelo muito dinheiro que seria necessário, a de André também não era, pelo pouco pão e pouco peixe de que dispunha. Uma solução rica e uma solução pobre. Jesus fica com a solução pobre: cinco pães e dois peixes partilhados com amor podem alimentar uma multidão. Foi o que aconteceu. Jesus deu graças e começou a distribuir os pães e os peixes, e todos comeram e ficaram saciados. Partilharam e resolveram o problema, isso é o que sabemos. Como Jesus fez para multiplicar os pães e os peixes é um segredo dele, que pode nos contar um dia. O profeta Eliseu também alimentou cem pessoas com vinte pães, e ainda sobrou. A sobra da multiplicação feita por Jesus foi recolhida em doze cestos, e quiseram fazê-lo rei. Não fazia parte do projeto de sua encarnação tornar-se rei neste mundo nem ficar multiplicando pães e peixes. O profeta Eliseu o fez e os doze apóstolos também poderiam fazê-lo, já que foram doze os cestos que se encheram. Doze apóstolos não vazios, cheios da vontade de partilhar com o povo que tem fome, sem querer ser reis, podem fazer maravilhas.

Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.