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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 15/11/2020

33º Domingo do Tempo Comum - Ano A - Verde
1ª Leitura: Pr 31,10-13.19-20.30-31 Salmo: Sl 128(127) - Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos! 2ª Leitura: 1Ts 5,1-6 Evangelho Opcional: Mt 25,14-15.19-21
evangelho
Parábola dos Talentos - Mt 25,14-30

“O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um – a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste. Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu colho onde não plantei e que ajunto onde não semeei. Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida, o senhor ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai àquele que tem dez! Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. E quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’”

Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
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Oração Inicial

Liturgia do 33º domingo do Tempo Comum. A parábola dos talentos nos faz refletir sobre os dons que Deus nos concede e sobre a forma como os colocamos em prática. Peçamos as luzes do Espírito Santo para acolhermos esta Palavra em nossa vida neste dia.


Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Quais palavras chamaram sua atenção durante a leitura? Quais são as orientações de Jesus? Qual é a temática central da narrativa?

“Qual é mesmo o conceito que fazemos de Deus? Um senhor foi viajar e confiou seus bens aos seus servos. O talento era uma moeda poderosa, equivalente a alguns quilos de ouro. O proprietário não disse como deviam usá-los. Isto significa total confiança. Apostou na fidelidade criativa dos servos. Cada um recebeu conforme suas capacidades. Na parábola há um criminoso sem crime. É aquele que teve medo, escondeu o talento e recusou partilhá-lo. Simboliza o cristão marcado pela anemia espiritual. Contenta-se com o mínimo, não enfrenta riscos. Outra parábola fala do grão de trigo que não aceita morrer e, por isso, fica só. Somos parceiros de Deus. Ele precisa de nossas mãos, de nossos pés e de nosso coração.”(Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo - Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

A parábola evangélica alude a dois tipos de discípulos do Reino. Os primeiros são espertos em aplicar os dons recebidos de Deus, fazendo-os frutificar em gestos de bondade e de misericórdia. Os outros, insensíveis aos sofrimentos alheios, fecham-se em seu mundo, sem motivação para fazer o bem. Onde eu me encontro? Sou criativo(a) na fé e na caridade ou estou acomodado(a)?

Oração (Vida)

“Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz e ungidos por vosso envio. Dai-nos sempre o fogo do vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte em nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos. Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante e construam com solidariedade a fraternidade e a paz. Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém” (Bento XVI, 2007).

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você, a partir da palavra? Quais compromissos você deseja concretizar em sua vida?

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Carmen Maria Pulga

O que fizemos com os talentos que nos foram confiados? No Sermão das Cinzas, o Padre Antônio Vieira deixa aos ouvintes quatro perguntas: primeira, quanto tenho vivido? Segunda, como vivi? Terceira, quanto posso viver? Quarta, como é bem que viva, ou como devo viver? Boas questões para nos colocarmos diante do julgamento de Deus. Vale a pena reler o soneto de Frei Antônio das Chagas, escrito em Portugal no século 16, sobre a prestação de contas do tempo que nos foi dado: “Deus pede hoje estrita conta do meu tempo e eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta. Mas como dar, sem tempo, tanta conta, eu que gastei sem conta tanto tempo? Para ter minha conta feita a tempo, o tempo me foi dado e não fiz conta. Não quis, tendo tempo, fazer conta. Hoje quero fazer conta e não há tempo. Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta, não gasteis vosso tempo em passatempo. Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta. Pois aqueles que sem conta gastam tempo, quando o tempo chegar de prestar conta, chorarão, como eu, se não der tempo”. O tempo passa, escreve Olavo Bilac: “Sou o tempo que passa, que passa, sem princípio, sem fim, sem medida. Vou levando a ventura e a desgraça, vou levando as vaidades da vida. A correr, de segundo em segundo, vou formando os minutos que correm. Formo as horas que passam no mundo, formo os anos que nascem e morrem. Ninguém pode evitar os meus danos. Vou correndo sereno e constante: Desse modo, de cem em cem anos, formo um século e passo adiante. Trabalhai, porque a vida é pequena e não há para o tempo demora! Não gasteis os minutos sem pena! Não façais pouco caso das horas!”. Disse Paulo aos irmãos de Tessalônica, quanto aos tempos e momentos: “O dia do Senhor vem como um ladrão durante a noite. Não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, vigiemos e sejamos sóbrios”. E o que fazemos enquanto o Senhor não vem? Trabalhamos. A mulher do Livro dos Provérbios nos dá o exemplo: “Trabalhai, porque a vida é pequena e não há para o tempo demora!”.

Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2020’, Paulinas.