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Domingo, 06 de Julho de 2025
Paulinas - A comunicação a serviço da vida

Evangelho do dia 06/07/2025

14º Domingo do Tempo Comum - Ano - Verde
1ª Leitura: Is 66,10-14c Salmo: Sl 65(66) - Bradai a Deus, ó todos da terra. 2ª Leitura: Gl 6,14-18
evangelho
A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos - Lc 10,1-12.17-20

Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou à sua frente, dois a dois, a todo povoado e lugar para onde ele pretendia ir. E dizia- -lhes: “A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao senhor da messe que mande trabalhadores à sua messe! Ide! Eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. Não leveis alforje, nem bolsa, nem calçado; e a ninguém saudeis pelo caminho! Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz para esta casa’! E, se ali houver um filho da paz, vossa paz repousará sobre ele; caso contrário, ela retornará a vós. Permanecei nessa casa, comendo e bebendo o que vos oferecerem, pois o trabalhador é digno de seu salário! Não vos desloqueis de casa em casa! Em qualquer cidade em que entrardes e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: ‘Aproximou-se de vós o Reino de Deus’.

A Bíblia: tradução da editora Paulinas, 2023.
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Oração Inicial

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Liturgia do 14º domingo do Tempo Comum. No início deste novo dia, queremos, no encontro com o Senhor por meio da leitura orante, entregar a Ele tudo o que iremos viver. Peçamos as luzes e graças necessárias para a nossa vida. Silenciando o coração, repita algumas vezes a oração: “Jesus Mestre, iluminai minha mente, movei meu coração, para que esta meditação produza em mim frutos de vida. Amém.”

Escolha um lugar tranquilo, um espaço favorável para fazer sua oração. Coloque-se na expectativa do encontro com “Alguém”, muito especial. Considere um privilégio você parar, um momento que seja, para entrar em sintonia com a presença divina do Amor que tudo cria e tudo harmoniza.




Leitura (Verdade)

Jesus chama e envia seus Apóstolos para que anunciem a verdade do Reino. Hoje, somos nós os Apóstolos responsáveis pela causa do Reino. Observe quais são as recomendações de Jesus e quais as advertências.

Evangelho: Lc 10,1-12.17-20 “Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou à sua frente, dois a dois, a todo povoado e lugar para onde ele pretendia ir. E dizia- -lhes: “A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao senhor da messe que mande trabalhadores à sua messe! Ide! Eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. Não leveis alforje, nem bolsa, nem calçado; e a ninguém saudeis pelo caminho! Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz para esta casa’! E, se ali houver um filho da paz, vossa paz repousará sobre ele; caso contrário, ela retornará a vós. Permanecei nessa casa, comendo e bebendo o que vos oferecerem, pois o trabalhador é digno de seu salário! Não vos desloqueis de casa em casa! Em qualquer cidade em que entrardes e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: ‘Aproximou-se de vós o Reino de Deus’.”

“A linda analogia dos cordeiros, que aceitam o envio do Senhor e vão anunciar a paz aos lobos, faz pensar que talvez Jesus estivesse explicando ao povo a profecia de Isaías que descreve o Reino de Deus: “O lobo e o cordeiro pastarão unidos” (65,25). À luz da Escritura judaica, o Senhor vai além na sua proposta missionária: caminhar, lado a lado, com o irmão ou a irmã, deixar em casa as seguranças e a comodidade, anunciar a paz, libertar a todos dos males e das dores. Contudo, um detalhe é determinante para que todo o sacrifício da missão seja eficaz: “Comer e beber o que vos oferecerem”. Mais uma vez, fica bem claro que, onde existe acolhida e partilha dos meios para a vida, “sabei que se aproximou o Reino de Deus” (Viver a Palavra – 2025. Ir. Maria Inês Carniato, fsp (Paulinas Editora).

Meditação (Caminho)

Como está a sua prática de vida em relação ao que sua fé professa sobre a proposta de Jesus, sobre o que você aprendeu com os ensinamentos deste relato do Evangelho?
Por quê, você acredita que, Jesus enviou dois a dois para anunciar a Boa-Nova?
Como você acolhe os ensinamentos de Jesus em sua vida?
Seus ensinamentos encontram sintonia com a realidade que você vive?
A Palavra de Deus, rezada e meditada, renova em você a fé, a esperança, a confiança no Senhor?

Oração (Vida)

Abra seu coração e fale ao Senhor. Faça sua prece de agradecimento ou pedido.
Feche os olhos e traga na presença do Senhor as pessoas que vieram à sua mente durante a Leitura orante. Reze por elas e por você. Reze por tantos irmãos que vivem situações extremas de doença, fome, miséria e exclusão.
Reze:

“Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, viestes até nós para nos dar vida e vida em abundância. Enviai vosso Espírito de verdade e amor para que a sociedade se abra à aurora de um mundo justo e solidário, sinal do reino que há de vir. Por Cristo Senhor nosso. Amém.” Se desejar conclua com a oração: “Jesus Mestre, agradeço as luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei e que espero viver, pela vossa graça. Amém.”

Contemplação (Vida e Missão)

Qual novo olhar nasceu em você, a partir da Palavra? De que forma você deseja colocar em prática os apelos que a Palavra de Deus lhe revelou neste dia?

Bênção

Abençoe-nos o Deus da vida, do amor, da justiça e da paz. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Permaneçamos unidos a Jesus Cristo nosso Caminho, nossa Verdade e nossa Vida.

Ir. Carmen Maria Pulga

Neste domingo somos chamados a ser enviados em missão para anunciar a Boa-Nova do Senhor. Em meio aos desafios, sobretudo pela messe que é grande, trata-se de um convite para não desanimar e fazer brilhar as marcas do Cristo. O mundo é cheio de contradições e dificuldades que muitas vezes fazem as pessoas desanimarem na fé. Israel também enfrentou o desânimo e a descrença de que um dia Jerusalém pudesse ser reconstruída após a dolorosa experiência do exílio. Mas Deus, em sua misericórdia, se utiliza do profeta para anunciar a consolação, a renovação, e assim devolver a alegria a seu povo. É preciso crer que sua mão jamais desampara seus servos (primeira leitura). O discípulo é aquele que tem uma experiência profunda com o Senhor. Sua glória não está em si mesmo, mas no poder salvífico da cruz, que o transforma em nova criatura (segunda leitura). Ele traz consigo as marcas de Jesus, que entre dores e alegrias acaba sendo instrumento para o anúncio da Boa-Nova e colaborador da transformação do mundo. Essa missão é legitimada e já antecipada pelo próprio Cristo, que convoca 72 discípulos. Eles são enviados dois a dois para anunciar o Reino, número mínimo para se testemunhar algo no mundo antigo. Também um deve ser suporte do outro, para continuarem e expandirem a missão do Mestre. As demandas da messe, que é grande, os impulsionam a sempre rezar para Deus enviar novos missionários. Como Israel, são enviados no meio dos lobos, que na tradição judaica é símbolo dos pagãos, além de retratar as grandes dificuldades que enfrentarão pelo caminho. O Mestre prescreve em detalhes o que devem levar para a missão, mostrando uma postura de total entrega, acreditando na providência que os sustentará. Devem estar completamente disponíveis e longe de qualquer segurança. São portadores da plena felicidade e da paz que emana da salvação messiânica. Devem estar preparados para a acolhida ou para a rejeição dessa paz nos lares onde forem. Se os destinatários os escutarem, experimentarão a graça de Deus. Se os rejeitarem, estarão assumindo a ruptura e o fechamento ao Reino. Por isso, ao sacudir a poeira dos pés, os missionários jogam a responsabilidade para quem os recusou. Ao final, Jesus enfatiza que o Reino está próximo e profere uma sentença severa de condenação, tomando como exemplo Sodoma, cidade destruída por Deus por causa de sua perdição e de sua rejeição aos seus mensageiros. Os discípulos voltam felizes e partilham as maravilhas da missão. Realizam as mesmas obras do Mestre que lhes deu poder, inclusive para esmagar o inimigo. É o sinal de que o Reino está próximo. Portanto, devem se alegrar não por si mesmos, mas pela escolha gratuita do Senhor em contar com a colaboração de cada um deles. Assim herdarão a cidadania do céu e confirmarão sua pertença a Deus. Sejamos também colaboradores do Reino e anunciemos com alegria a Boa-Nova de Jesus.

Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.