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Data comemorativa do dia 16 de agosto
Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio
Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio
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A vida na superfície do planeta Terra só foi possível em virtude da camada de ozônio que o envolve. Inicialmente, a vida apareceu no fundo do mar, com as algas unicelulares, que produziram o oxigênio que veio à superfície terrestre e foi transformado em ozônio pela ação dos raios solares ultravioleta. A camada de ozônio está localizada a uma altura que varia de 20 a 40 km da superfície da Terra. O ozônio (O3) é uma variedade alotrópica do Oxigênio (O2). É um gás azulado que protege nosso planeta, filtrando a radiação ultravioleta emitida pelo Sol.

A destruição da camada de ozônio é um dos mais graves problemas ambientais herdados do século XX. Essa destruição, ainda que parcial, diminui a resistência natural da Terra e oferece passagem aos raios solares prejudiciais à saúde de seres humanos, animais e plantas. As consequências mais conhecidas são o câncer de pele, problemas oculares, diminuição da capacidade imunológica etc. O problema começou a partir de 1930, quando algumas substâncias foram produzidas artificialmente em laboratório, especialmente as aplicadas em refrigeração (geladeiras, ar-condicionado etc.) e nos aerossóis.

Em 1985, os cientistas detectaram que o equilíbrio da atmosfera estava sendo alterado. Na Antártida, houve grande redução da espessura dessa camada. Esse fenômeno, denominado “buraco na camada de ozônio”, está em contínua expansão e vem sendo percebido com bastante frequência.

Nas últimas décadas, tentou-se evitar ao máximo a utilização do gás que destrói o ozônio, o clorofluorcarboneto (CFC). Mesmo assim, o buraco produzido na camada de ozônio continua a aumentar, fato que preocupa cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, sobretudo nos refrigeradores, poderão ter consequências funestas para a humanidade.

As massas de ar circulam no mundo todo. Um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa, devido às correntes de convecção. Essa circulação de ar não ocorre na Antártida, em virtude do rigoroso inverno de seis meses. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem nessa área até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão na Antártida, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC e aumentam o buraco.

Em 1998, o tamanho do buraco da camada de ozônio da Antártida foi o maior já registrado, com mais de três vezes o tamanho do Brasil. Ainda não existe um resultado positivo para recuperar a camada de ozônio, não só na Antártida, como também em todo o mundo. O Brasil tem participado desse trabalho de avaliação contínua da camada de ozônio, monitorando o País e a Antártida, onde mantém, desde 1999, uma equipe na Base Comandante Ferraz, para medir o buraco da camada de ozônio por meio de balões de pesquisa.

Retirado do livro: “Datas comemorativas cívicas e históricas”, Paulinas Editora.